O que venho a me referir neste trabalho é a questão de crianças e adolescentes em situação de rua, usuários de drogas e como a sociedade os trata. É possível ver, pela indiferença na qual lidam com eles pelas ruas todos os dias, sendo poucos aqueles que lhes fornecem a devida assistência, que consideram como única e melhor solução para eles a internação obrigatória. Sabemos por meio de pesquisas que o número de crianças e adolescentes que estão nas ruas é grande e ainda se constata que este número é crescente apesar dos vários esforços de organizações governamentais e não governamentais. Este fenômeno não estaria ocorrendo somente no Brasil, mas sim em toda a América Latina. Tendo isso em vista, em suma, aqui me prestarei a estudar e analisar a situação desses jovens, como são acolhidos e assistidos tanto pelo governo quanto pela população em geral. Deparando-me com esta realidade, e encontrando nas bases e fontes históricas, em um primeiro momento faremos uma análise mais histórica quanto às mudanças na concepção de infância e no que ainda hoje chamamos e tratamos por menor. Posteriormente entraremos na questão importante sobre as drogas e o recolhimento sistemático em si, tema este que está em extrema evidência e que infelizmente são poucos aqueles que se indagam sobre. No decorrer deste trabalho, levarei em consideração as falas de pessoas militantes na área como também de referências teóricas e artigos de jornais, mostrando as diferenças e a compatibilidade das ideias entre nós e nos levando a uma melhor reflexão. Por fim, abordarei uma possibilidade de tratamento para com esses jovens que é a redução de danos. Falaremos sobre sua forma de abordagem e como esta é concebida sendo compreendida como uma maneira palpável de funcionamento, demonstrando a pobreza e fraqueza que é a internação compulsória.