Por mais que o fanatismo tenha ultrapassado a barreira do tempo em demonstrações no âmbito religioso, esportivo e político, vislumbrar como se dá este fenômeno do comportamento social e percebê-lo como um transtorno é algo que merece a atenção dos estudiosos e da sociedade como um todo. Ser fanático não requer classe social, raça, credo ou sexo. Requer uma paixão desenfreada, um amor inexplicável e condutas exageradas que fogem ao contexto padrão de normalidade e que ultrapassam o aceitável ao violar a barreira da opinião alheia. Diversos dilemas são enfrentados pelos indivíduos considerados fanáticos, como, por exemplo, as concessões que são feitas, os sacrifícios a que se submetem em troca de defender e aclamar ao mundo seus ídolos ou ideais. O preço a ser pago por levantar a bandeira de algo em que se acredita é sempre alto, mas para estas pessoas, simplesmente não existe bandeira à meio-mastro, e a guerra não tem fim, até que seja declarada a vitória. Para que seja possível a melhor compreensão do fanatismo e do comportamento apresentado pelos sujeitos considerados como fanáticos, faz-se necessária uma visita à todas as áreas que foram e ainda são afetadas por estas tão expressivas declarações de afeição, que, apesar de serem frutos de sentimentos tão positivos quanto admiração e amor, podem gerar outros tão negativos quanto o ódio e a ira.