O presente trabalho visa refletir sobre a importância da UTI neonatal no processo de construção da parentalidade. Com a finalidade de atingir tal objetivo foram revisitados alguns conceitos psicanalíticos freudianos e winnicottianos como trauma, holding e preocupação materna primária. A contribuição de Winnicott sobre o trauma foi privilegiada enquanto referencial teórico do texto. Foi feita uma breve revisão da literatura médica e psicológica sobre o bebê prematuro, o espaço da UTI neonatal tradicional e suas especificidades e a experiência dos pais de bebês pré-termo. Trabalhou-se com a hipótese de que a UTI neonatal é um possível espaço de sustentação tanto para os pais quanto para o bebê, tomando por base o conceito winnicottiano de holding (Winnicott, 1960) e a política de humanização do Ministério da Saúde, com foco na Norma de Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso (Método Canguru).