No Rio de Janeiro, chama a atenção entre o patrimônio monumental uma quantidade significativa de obras em ferro fundido. Quase a totalidade desse conjunto é proveniente de uma mesma origem: a Fundição Val d’Osne. Encomendadas entre a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX, foram peças chave nas reformas urbanas e paisagísticas da cidade, parte do projeto de transformá-la conforme os padrões da civilização. O presente estudo consiste em reflexões sobre esse objeto, desde o contexto que representam, levantando possíveis motivações para sua colocação no espaço urbano. As obras são um rico exemplo da fundição artística, iniciativa que se desenvolvia nesse período, um híbrido entre o trabalho artesanal e a reprodução em série.