Título: | GRAMATICALIZAÇÃO DE CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS EM PORTUGUÊS: EM BUSCA DA MOTIVAÇÃO CONCEPTUAL DO PROCESSO | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Autor: |
ANA PAULA ANTUNES ROCHA |
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Colaborador(es): |
ENEIDA DO REGO MONTEIRO BOMFIM - Orientador |
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Catalogação: | 09/ABR/2007 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=9754&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=9754&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9754 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Este trabalho trata da motivação conceptual que levou os
itens mas, porém,
contudo, todavia, entretanto e no entanto, considerados
pela maioria das
gramáticas do português como conjunções adversativas, a
passarem por um
processo de gramaticalização. Apesar de ser discutível a
classificação dos
referidos itens como conjunções adversativas - já que,
com
exceção de mas, os
demais não têm um comportamento sintático típico de
conjunções -, considera-se
o fato de que todos, de alguma forma, se tornaram mais
gramaticais desde suas
origens medievais até hoje. O processo de
gramaticalização
é entendido, então,
como aquele em que tanto itens lexicais e construções
formam-se em certos
contextos lingüísticos para exercer funções gramaticais
quanto itens gramaticais
desenvolvem novas funções gramaticais (HOPPER &
TRAUGOTT,
2003). O
enfoque do trabalho está na busca dos elementos
conceptuais que possam ter
motivado o processo. Trabalhos como o de Barreto (1999)
afirmam que a
motivação da gramaticalização dos itens em pauta foi
metonímica, por influência
da presença de elementos de sentido negativo em posição
adjacente à deles, no
português medieval. A proposta deste trabalho é
investigar
por que os itens em
estudo encontravam-se maciçamente, ao que parece, em
ambientes que
apresentavam partículas de sentido negativo. A partir da
leitura de trabalhos como
o de Vogt & Ducrot (1980) e o de Sweetser (1991),
entende-
se que mas
encontrava-se nesses ambientes em função de uma
motivação
metafórica e que as
relações contrajuntivas para cujo estabelecimento o item
contribuía ocorriam
proeminentemente nos domínios epistêmico e
conversacional
da linguagem. A
mesma proposta de análise é estendida aos demais itens,
que, segundo se verifica
em amostras do português medieval, por funcionarem em
prol
da coesão do texto,
eram propícios a serem empregados em contextos
lingüísticos nos quais se
delimitavam dois grupos de informação postos em relação.
Essa relação podia ser
contrajuntiva e, se não se encontrava assinalada
gramaticalmente, era, ainda
assim, depreensível através de uma análise das relações
textuais que se davam no
plano do significado lingüístico, em especial nos níveis
epistêmico ou
conversacional. Portanto, elementos negativos eram
cabíveis nos referidos
contextos e, com eles, também elementos responsáveis
pela
coesão textual
anafórica.
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