Várias modalidades de tomografia já foram desenvolvidas para aplicações na área médica. São exemplos a tomografia de raio-x, tomografia de ressonância magnética, que são técnicas usadas rotineiramente no ambiente clínico, e a tomografia de impedância elétrica ainda considerada como uma técnica em pesquisa. Com a utilização do dispositivo de detecção magnética SQUID (Superconducting Quantum Interference Device) a partir da década de setenta tornou- se possível realizar medida dos fracos campos magnéticos produzidos pelo corpo humano com uma razão sinal/ruído antes não alcançada. A susceptibilidade magnética é uma propriedade física da matéria, incluindo os tecidos biológicos, de interagir com o campo magnético aplicado. Uma técnica para reconstruir a distribuição tridimensional de susceptibilidade magnética de um corpo a partir da medida da perturbação magnética foi estudada e aprimorada. Foram realizadas simulações para avaliar a qualidade da reconstrução a partir das projeções em diferentes arranjos geométricos na presença de ruído e foi efetuada a reconstrução tomográfica a partir de medidas experimentais com amostras de acrílico. Esta modalidade de tomografia embora apresente severa limitação de resolução espacial representa uma nova fonte de informação sobre o interior do corpo com promissoras aplicações na área biomédica e de ensaios não destrutivos.