Título: | NOVAS CONFIGURAÇÕES FAMILIARES E SEUS VÍNCULOS SÓCIO-AFETIVOS | |||||||
Autor: |
BEATRICE MARINHO PAULO |
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Colaborador(es): |
TEREZINHA FERES CARNEIRO - Orientador |
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Catalogação: | 12/ABR/2006 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=8122&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=8122&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.8122 | |||||||
Resumo: | ||||||||
As imensas modificações sociais ocorridas nos últimos
tempos, tais como a
possibilidade do divórcio e de vários recasamentos, assim
como da união estável;
a existência de relacionamentos não reconhecidos
juridicamente, como a união de
homossexuais; e as várias descobertas biotecnológicas, têm-
se refletido nas
famílias, provocando uma enorme alteração estrutural nas
mesmas. Nas novas
famílias, vínculos fortes se formam, entre pessoas que não
são biologicamente
ligadas e não têm vínculo jurídico reconhecido. A noção
que a Lei traz de família,
como sendo composta por um homem e uma mulher, unidos por
matrimônio ou
união estável, e os filhos a eles ligados por laços de
sangue ou pela adoção, já está
superada, e se faz necessária uma maior compreensão a
respeito dessas novas
relações e desses novos vínculos, para que se consiga,
através do sistema
legislativo e jurídico, atender ao melhor interesse da
criança e do adolescente,
princípio adotado em nível internacional como orientador
em assuntos que
envolvem os menores. O tema eleito para investigação foram
os vínculos
psicossociais existentes entre pessoas sem ligação
biológica ou jurídica, entre as
quais exista uma relação tal que, durante a
infância/adolescência de uma delas, a
outra tenha exercido funções maternas, paternas ou
fraternas. Foi objetivo deste
estudo descortinar a realidade desses vínculos e o nível
de importância e
influência que têm nas vidas e na constituição da
subjetividade das crianças e
adolescentes, buscando facilitar, desse modo, a
compreensão dessas relações.
Foram entrevistadas treze pessoas, divididas em sete
duplas: duas duplas maternofiliais,
duas duplas paterno-filiais, duas duplas fraternas e uma
dupla
homoparental-filial feminina, membros de famílias em que
existiam, desde a mais
tenra idade de pelo menos um deles, a convivência com
outro com quem não
havia nem vínculo consangüíneo, nem adotivo, mas que
desempenhava, em
relação ao primeiro, funções maternas, paternas ou
fraternas. Da análise das
entrevistas e de seu confronto com a revisão da
literatura, restou fortalecida a
convicção de que a genética e a legislação pouco ou nada
têm a ver com a questão
da família, e que vínculos familiares estão muito além da
consangüinidade, sendo
formados a partir das experiências e vivências
compartilhadas e das funções
exercidas perante os demais membros do grupo familiar.
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