Logo PUC-Rio Logo Maxwell
ETDs @PUC-Rio
Estatística
Título: COM-FICÇÃO: A INVENÇÃO DE UM FÓSSIL
Autor: NATALIA ARAUJO RODRIGUES
Colaborador(es): MARIA HELENA FRANCO MARTINS - Orientador
Catalogação: 26/JUN/2025 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Notas: [pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
[en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio.
Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=71318&idi=1
[es] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=71318&idi=4
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.71318
Resumo:
Este trabalho registra o processo de inventar um fóssil para São Pedro da Al deia, cidade litorânea da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A imagem condensa o plano de ficcionalizar uma estória para este lugar. Tomando-se o fóssil como uma literatura escrita pela matéria, a metáfora estabelece vínculo com o interesse investigativo da pesquisa: escrever estórias a partir da relação com os objetos, aqui chamados de Coisas, no exercício de uma conduta contrária à oposição do binômio que as submete ao sujeito. Pensa-se e nomeia-se aqui como com-ficção essa prática de escrever ficções a partir da materialidade do encontro, o que envolve também um estreitamento entre a atividade de escrever e a de confeccionar. Assim orientada, a tese se realiza na interação permeável de dois movimentos: um romance e um ensaio. O romance como uma experiência de com-ficção, o ensaio como registro do percurso reflexivo em torno das demandas do processo de escrever-com as Coisas. A principal referência para o estudo é a Casa da Flor, patrimônio tombado de São Pedro da Aldeia, obra construída pelo aldeense Gabriel Joaquim dos Santos. A bricolagem que o artista realiza com restos de Coisas é apresentada como uma tecnologia de trabalho coletivo, ou como uma tequiologia, nos termos da linguista Yásnaya Aguilar. Neste ponto, é traçado um paralelo entre o modo de construir de Gabriel e o dos sambaquis – sítios arqueológicos erguidos por ancestrais pré-históricos da região. Propõe-se a partir daí uma noção de tequiologia sambaquieira. Além de funcionar como referência cosmológica para o pensamento e para a práxis da com-ficção, a Casa da Flor, na mistura de sua bricolagem, dá também material para visitar memórias de uma cidade afroindígena. A noção de contra-mestiçagem, nos termos de Marcio Goldman, contribui para o diálogo com o traço sincrético, que manifesta influência na elaboração da tese, tanto na estrutura que cruza dois movimentos, quanto na mescla de vozes que participam de sua feitura: as vozes dos aldeenses, as das Coisas que compõem a fóssil-ficção e as vozes bibliográficas.
Descrição: Arquivo:   
NA ÍNTEGRA PDF