Título: | ENTRE O UM E O MÚLTIPLO: MODOS DE CONSTITUIÇÃO DO CORPO, PATRIARCADO E ABALOS NA FUNÇÃO DO PAI | ||||||||||||
Autor: |
PAULA ISSBERNER LEGEY BARROSO |
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Colaborador(es): |
MONAH WINOGRAD - Orientador |
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Catalogação: | 23/JUN/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=71173&idi=1 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.71173 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
O Um e o Múltiplo. Modos de constituição do corpo, patriarcado e abalos na função
do pai investiga as articulações entre o Um e o Múltiplo no modo de criação de uma
unidade. Para tanto, pesquisa os modos de constituição do corpo para além da função do
pai. Este trabalho explora as relações entre patriarcado e função paterna, percorrendo o
modo como foi pensada no ensino lacaniano. Pretende-se estabelecer uma ligação entre o
que pode ser identificado como abalo no patriarcado e as mudanças na função do pai.
Uma das vertentes deste trabalho é mostrar a insuficiência da função paterna em conter
algo do corpo que se inscreve como um gozo que a ultrapassa, não só na atualidade, mas
de modo estrutural. A psicanálise trabalha, desde o início, com Freud e a circunscrição do
sintoma histérico, com a noção de um corpo erógeno, cuja anatomia não corresponde
àquela da biologia. Lacan foi muito claro quanto ao fato de o corpo não estar garantido
por uma suposta biologia, e quanto à necessidade de construção do corpo próprio. Ele
utiliza um dado observável, o fato de o ser humano reconhecer a sua forma no espelho em
um momento muito precoce do desenvolvimento, para articular um modo de construção
em que um Outro simbólico valida a montagem de um corpo. Esse Outro equivale àquilo
que Lacan chamou Nome-do-Pai, função metafórica, que dá lugar ao desejo. Essa
montagem do corpo depende da função paterna. Esta tese visa a definir modos de
construção do corpo que não passem pelo lugar do Outro como aquele que assente, mas
por uma incorporação direta do simbólico como letra. O objetivo é mostrar como Lacan
recorreu à teoria dos conjuntos para indicar um modo de criar uma unidade que mantenha,
simultaneamente, a multiplicidade - como num conjunto formado por elementos
heteróclitos. Este modelo pode ser pensado não apenas como um modo de fazer Um corpo
que não elimine as diferenças internas, mas num modo de coletividade que mantenha a
heterogeneidade entre seus participantes.
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