Título: | CRIANÇAS EM TRÂNSITOS: NEGOCIANDO DIFERENÇAS EM UM BAIRRO PERIFÉRICO CARIOCA | ||||||||||||
Autor: |
ALINE DE OLIVEIRA BRAGA |
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Colaborador(es): |
MYLENE MIZRAHI - Orientador |
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Catalogação: | 21/MAI/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70515&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70515&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.70515 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Nesse contexto, é por meio das coisas, da música, dos desenhos, da dança, fotografia, literatura, dos gostos e do consumo que buscamos entender o ponto de vista das crianças. Adota-se como pressuposto teórico, dentre outros, o conceito de experiência próxima para refletir sobre o que as crianças dizem sobre raça, seus cabelos, sua aparência e a diferença, assim como o conceito de experiência distante, utilizado para compreender raça e racismo a partir do saber local das crianças (Gell, 2014). As crianças convocam os brinquedos para simbolizar, imaginar e fantasiar, o terreno do brinquedo é coisa muito séria, principalmente
porque é através dele que as crianças realizam representações da realidade. As coisas fazem de nós as pessoas que somos, ou seja, elas nos transformam, provocam distinções e formam grupos, podemos dizer que, junto com as coisas, tornamo-nos
quem somos. Segundo Miller (2013), trata-se da teoria que dará forma à ideia de que os objetos nos fazem como parte do processo pelo qual os fazemos. Há um mundo elaborado pelas crianças e que funciona dentro de suas regras e maneiras de
se organizarem.. Nesta pesquisa, seguindo nosso referencial teórico, o consumo é tomado como movimento criativo e transgressor, por meio do qual os sujeitos concedem sentidos imprevistos aos bens pelos usos que deles fazem. Para Mizhari
(2018), o consumo é um movimento criativo e transgressor, por meio do qual os sujeitos concedem sentidos imprevistos aos bens pelos usos que deles fazem. Consumo é, portanto, também um insumo que possibilita a produção de estilos e a materialização de gostos. Sendo assim, os objetos não estão separados dos processos sociais. Além disso, o mundo dos objetos orienta formas de morar, de comunicar, de vestir, e sua atribuição de sentidos é compartilhada pelos grupos. Concluímos que há, entre as crianças da Educação Infantil, a produção de tensões raciais. Como apontaram os dados do campo de pesquisa, há uma lógica entre as
crianças nas brincadeiras que se constroem por caminhos racializados. Com as crianças, as diferenças surgem e são negociadas por meio das coisas de brincar, dos objetos de consumo e da formação dos gostos, que são elaborados de modo criativo
por quem observa o mundo, negociando-o de modo muito sério. Dessa forma, é essencial promover a construção de uma educação antirracista que reconheça as diversas infâncias e suas diferentes formas de existência.
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