O envelhecimento é uma questão social complexa pois traz consigo uma ampla gama de desafios, como questões de saúde, bem-estar e isolamento social. Com o aumento da longevidade, torna-se cada vez mais urgente a busca por novas soluções e estratégias para garantir qualidade de vida durante o envelhecimento. As comunidades inteligentes, que utilizam tecnologias avançadas para aprimorar serviços comunitários, integrando conectividade, sustentabilidade e participação social, podem oferecer ambientes propícios para o desenvolvimento de uma longevidade com qualidade. Este trabalho, por meio de uma revisão da literatura, entrevistas semiestruturadas e workshops de backcasting, explora cenários futuros possíveis e tendências tecnológicas voltadas ao bem-estar da população idosa. Através da análise de estudos e projetos existentes, investigamos como abordagens inovadoras estão impactando de maneira positiva a qualidade de vida da população idosa. Além disso, abordamos a importância de relações sociais saudáveis e ativas para aprimorar a qualidade de vida dessa parcela da sociedade, ao mesmo tempo que identificamos possíveis barreiras de acesso e os desafios associados à exclusão digital. Nas entrevistas, buscamos investigar como os hábitos, comportamentos e preferências em relação às tecnologias digitais influenciam as interações sociais. Também foram analisadas as reações dos entrevistados aos cenários propostos, permitindo identificar futuros desejáveis, preocupações e expectativas. Ao adotar o backcasting, essa pesquisa não apenas projeta futuros desejáveis, mas também identifica os caminhos viáveis para alcançá-los. A partir dos workshops realizados, mapeamos produtos e serviços, políticas públicas e normas de governança que nos ajudaram a compreender os impactos dessas tecnologias digitais e como elas podem ser reguladas e adaptadas para promover maior autonomia, inclusão e qualidade de vida para os idosos, garantindo que as soluções desenvolvidas estejam alinhadas às reais necessidades e expectativas da população.