Esta pesquisa busca explicar a problemática da pirataria marítima nas Relações Internacionais sobre um ponto de vista crítico. Usando autores da escola pós-estruturalista, bem como os da escola pós-colonial, a pesquisa começará com uma contextualização da pirataria marítima no mundo contemporâneo, partindo, em seguida, para uma análise de discursos da Inglaterra a fim de desvelar uma narrativa eurocêntrica no combate à prática no continente africano ao longo do século XXI. Em seu último capítulo, com o intuito de demonstrar o eurocentrismo presente no sistema, será posta uma perspectiva pós-colonial a partir das ações da União Europeia sobre o tópico, o que não só acaba afetando as lógicas de segurança do sistema, mas também compromete a produção de conhecimento não-Ocidental. A conclusão parte para uma crítica às maneiras que o sistema achou para marginalizar e desumanizar os piratas, utilizando-se de uma lógica de solução de problemas quando se trata da concepção sobre o que é pirataria, bem como o que é um pirata e o que ele representa na sociedade internacional: um perigo constante aos seus interesses hegemônicos, justificando, portanto, sua classificação como um inimigo da humanidade.