Título: | CRENÇAS EM NARRATIVAS DOCENTES: SOCIOCONSTRUÇÃO DO DISCURSO SOBRE A ADOÇÃO DA TECNOLOGIA NA PANDEMIA | ||||||||||||
Autor: |
JANINE SANTOS ALVES BARBOSA |
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Colaborador(es): |
ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA - Orientador |
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Catalogação: | 13/MAI/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70415&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70415&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.70415 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Pandemia e tecnologia são os dois temas norteadores desta pesquisa. Nascido de uma busca
pessoal por entendimentos sobre a adoção do digital no ambiente pedagógico, este estudo
tem por objetivo geral refletir sobre o uso da tecnologia digital em sala de aula em um
momento no qual o uso ou não deste componente não foi mais uma questão de escolha. As
três professoras colaboradoras, assim como eu, no papel de pesquisadora e praticante
(Hanks, 2017), éramos regentes de turma nos contextos público e/ou privado de ensino
quando a pandemia começou em 2020. As Conversas Exploratórias (Miller, 2001, 2010;
Nunes, 2022) compartilhadas foram o campo de busca por outros entendimentos
materializados em nossas histórias de docência na pandemia. Essa reflexão objetiva
especificamente compreender a emergência dessas narrativas em nossas conversas, refletir
sobre como nossas crenças sobre o uso da tecnologia digital se manifestaram
avaliativamente em nossos discursos e o que foi ser professora em um momento tão
desafiador e marcante de nossas vidas (Linde, 1993). O estudo de natureza qualitativainterpretativista (Denzin & Lincoln, 2006) e alinhado ao paradigma da Linguística
Aplicada Crítica (Moita Lopes, 2006; Fabrício, 2006) busca por entendimentos gerados da
análise dos discursos socioconstruídos nas nossas interações. O arcabouço teórico se
sustenta sob três pilares: narrativas, crenças e avaliação. As narrativas (Bastos; 2008;
Bastos e Biar; 2015) compartilhadas por mim e pelas professoras ao recontar e
reinterpretar os eventos pandêmicos nos nossos contextos docentes (Bruner, 2004; Mishler,
2002) apresentam elementos de histórias de vida (Linde, 1993) e se mostram um campo
propício para que crenças (Barcelos, 2006; 2007; Nespor, 1987) em relação ao uso do
digital em sala de aula emerjam e se manifestem avaliativamente (Martin e White, 2005;
Cortazzi e Jin, 2001). Como ferramenta de análise, recorro às lâminas discursivas (Biar,
2012; Biar et al, 2021) por oferecerem um ferramental metodológico que permite um
transitar entre os níveis micro e o macro discursivos no compartilhamento das narrativas.
Os dados gerados nas Conversas Exploratórias (Miller, 2001, 2010; Nunes, 2022)
evidenciaram a presença de crenças recorrentes: a crença do etarismo, a crença da
onipotência docente e as crenças das diferenças, manifestadas na naturalização do que é
observado tanto no ensino público como no privado, assim como na crença da existência
de um espelhamento de modelo de aula presencial na interação remota. As narrativas das
professoras se juntam à da minha própria história de vida (Linde, 1993) pessoal e
profissional que, na busca por entendimentos, ressignifico o meu relacionamento com o
digital enquanto desconstruo a grande narrativa (Shoshana, 2013; Lyotard, 1983) de que a
tecnologia seja algo intrinsecamente positivo.
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