O Conhecimento de Deus do surgimento da Igreja ao Concílio Vaticano II propõe uma reflexão acerca de questões de suma importância para a teologia, tendo em vista que Deus revelou a si mesmo, tornando-se cognoscível aos homens. Apesar das Escrituras se questionarem sobre o desconhecimento e a intangibilidade de Deus a partir do conhecimento, a revelação pressupõe que Deus pode ser conhecido e que Ele se faz conhecido. O conhecimento de Deus é mais do que conhecimento intelectual, é mais do que compreender coisas pela razão, pela análise metódica, pelo buscar relações de causa e efeito. Nas Escrituras conhecimento significa comunhão, familiaridade intima com alguém. A unidade entre irmãos é uma forma de expressar o conhecimento de Deus. Como participantes do corpo de Cristo e da família de Deus, é primordial que tenhamos comunhão uns com os outros, porque essa atitude atesta nosso nível de comunhão com Deus. Uma das virtudes da comunhão é crescer em conhecimento e em santidade. Esse nível de conhecimento é obra do Espírito Santo que convence e desperta os homens a buscarem a verdade libertadora. Esse conhecimento produz nos homens força espiritual, para resistir o ateísmo moderno que despreza o conhecimento religioso, quanto mais conhecimento de Deus, mais energia espiritual, mais prática de fé. Esse conhecimento é demonstrável através de uma vida de devoção, zelo e amor a Deus e na prática, o cuidado com o próximo.