Título: | O ÁRTICO EM TRANSFORMAÇÃO: DESENVOLVIMENTO, GEOPOLÍTICA E ECONOMIA POLÍTICA DA MUDANÇA CLIMÁTICA | ||||||||||||
Autor: |
PEDRO ALLEMAND MANCEBO SILVA |
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Colaborador(es): |
LUIS MANUEL REBELO FERNANDES - Orientador |
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Catalogação: | 07/MAI/2025 | Língua(s): | INGLÊS - ESTADOS UNIDOS |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70320&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70320&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.70320 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A presente tese busca discutir a geopolítica e o desenvolvimento econômico do
Ártico a partir dos seus impactos sobre os territórios e povos indígenas da região.
Para analisar a região, parto do debate sobre a relação entre capitalismo e
exploração da natureza e, em particular, do conceito de fronteiras de
mercadorias, para compreender como a natureza é produzida como um elemento
explorável dentro do metabolismo capitalista mediado pelo valor e voltado à
acumulação de capital. As fronteiras de mercadorias, em particular, são zonas
onde técnicas e políticas são implementadas por agências capitalistas e
territorialistas para se apropriar de naturezas históricas e inseri-las no
metabolismo global do capital. Partindo de uma abordagem histórico-sociológica,
reconstrói-se a história da colonização do Ártico para enquadrar a geopolítica e
o desenvolvimento econômico da região em um quadro socioecológico,
buscando compreender como elementos recentes da geopolítica do Ártico são,
em verdade, manifestações de tendências de longo prazo na região. Assim,
busca-se compreender como estratégias recentes para o Ártico buscam
reorganizar Sápmi, território dos Sámi da Fino-Escandinávia e Inuit Nunaat, dos
Inuítes da América do Norte, representando uma nova onda de colonialismo na
região. Para isso, faremos uma análise do processo de colonização dessas duas
regiões para compreender a conformação econômica e inserção do Ártico na
economia global, bem como entender os regimes de gestão dos recursos, as
organizações indígenas envolvidas nesse processo e suas lutas por
autodeterminação, passando pelos acordos de reivindicação de terras da
América do Norte e o estabelecimento dos Parlamentos Sámi na Suécia,
Noruega e Finlândia. Assim, diante do cenário geopolítico do século XXI e dos
efeitos da mudança climática, buscamos compreender como os projetos de
desenvolvimento econômico da região e as tensões geopolíticas que a
atravessam reproduzem e reforçam estruturas coloniais de exploração das
naturezas humanas e não-humanas do Ártico a serviço do metabolismo global
do capitalismo contemporâneo por meio de sua transformação em uma fronteira
extrativa global.
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