Título: | HETEROGENEIDADE NEUROPSICOLÓGICA DOS TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS EM UMA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO | ||||||||||||
Autor: |
VALKIRIA DOS ANJOS F S DA SILVA |
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Colaborador(es): |
HELENICE CHARCHAT FICHMAN - Orientador |
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Catalogação: | 05/MAI/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70216&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70216&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.70216 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Os Transtornos do Neurodesenvolvimento (TND) têm início na infância, e
afetam o funcionamento cognitivo, comportamental e socioemocional. As
dificuldades na identificação inicial dos sintomas pelos cuidadores, bem como a
grande variabilidade nos perfis cognitivos observados nessas crianças, são alguns
dos principais desafios enfrentados por psicólogos e psiquiatras para realizar um
diagnóstico preciso. Para contribuir com esse entendimento, esta dissertação
investigou, em dois estudos complementares, fatores envolvidos na busca por
atendimento psiquiátrico e a heterogeneidade cognitiva desses transtornos. O
primeiro estudo analisou o perfil de queixas subjetivas iniciais (QSI) relatadas por
cuidadores de crianças e adolescentes atendidos em um ambulatório psiquiátrico,
explorando sua relação com os diagnósticos de TND e transtornos de ansiedade.
Dificuldades de aprendizagem foram as queixas mais frequentes (42,6 por cento), seguidas
por hiperatividade/impulsividade (41 por cento) e comportamentos desafiadores/opositivos
(39,3 por cento). Além disso, padrões restritos/repetitivos e inflexibilidade distinguiram
indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) daqueles com Transtorno do
Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) ou Transtorno do Desenvolvimento
Intelectual (TDI). O segundo estudo explorou a heterogeneidade intelectual em
crianças e adolescentes com TDAH, TEA e/ou TDI, por meio de testes
neuropsicológicos. Uma análise hierárquica de clusters revelou três perfis distintos:
Desempenho Cognitivo Preservado (DCP), Inferior à Média (IM) e Rebaixamento
Global (RG), diferenciando-se pelo grau de prejuízo cognitivo. ANOVAs
indicaram diferenças significativas nos escores de quociente intelectual e nas
medidas cognitivas analisadas (p menor ou igual .001) entre os três grupos. Enquanto pacientes
com TEA e/ou TDAH se distribuíram entre DCP e IM, o grupo RG foi composto
majoritariamente por crianças com TDI. Os achados reforçam a necessidade de
intervenções direcionadas tanto para sintomas externalizantes, que tendem a ser
mais percebidos pelos cuidadores, quanto psicoeducação sobre sintomas
internalizantes, que podem passar despercebidos. Ainda, a identificação de perfis
neuropsicológicos que se distinguem a partir do grau de prejuízo evidencia a
heterogeneidade cognitiva nos TND, auxiliando no planejamento de estratégias
terapêuticas mais adequadas de acordo com o funcionamento cognitivo.
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