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Título: A NATUREZA NEGATIVA DA VIDA E DA SIMBOLIZAÇÃO EM PSICANÁLISE: INTERLOCUÇÕES ENTRE A METAPSICOLOGIA DE FREUD E A EMERGÊNCIA DA SUBJETIVIDADE EM DEACON
Autor: EDUARDO ROCHA ZAIDHAFT
Colaborador(es): MONAH WINOGRAD - Orientador
Catalogação: 24/ABR/2025 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70079&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=70079&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.70079
Resumo:
A presente tese de Doutorado em Psicologia Clínica, da linha Psicanálise: Clínica e Cultura, desenvolve uma interlocução teórico-conceitual entre a metapsicologia de Sigmund Freud e o emergentismo do biólogo contemporâneo Terrence Deacon. A pesquisa sustenta que tanto Freud como Deacon propõem uma natureza ontologicamente incompleta, em que o negativo é um princípio essencial para a compreensão da vida e da simbolização. A partir do naturalismo científico da metapsicologia freudiana, o estudo associa a pulsão de morte à teoria de Deacon sobre a origem da vida, a abiogênese, argumentando que as restrições (constraints) ou disjunções frente à tendência conjuntiva formulada pela segunda lei da termodinâmica – a lei da entropia – são condições necessárias para a emergência dos processos excitatórios inerentes à organização dos seres vivos, que Deacon compreende como dotados de uma teleodinâmica cujas propriedades são absenciais. O modelo autogênico de Deacon encontra paralelo na metapsicologia na medida em que as tendências disjuntivas são associadas às pulsões de morte e que seu acoplamento numa circularidade dinâmica que integra, amplifica e regula normativamente essas tensões remete-se às pulsões de vida. Segundo essa perspectiva, a plasticidade de Eros está fundamentada em ausências que interagem reciprocamente, permitindo, quando estabelecida uma fusão entre elas, a geração normativa de novas formas de organização, estas também definidas em termos de ausências. Adicionalmente, a pesquisa aproxima as teorias freudianas sobre a simbolização, com ênfase no ponto de vista filogenético, às concepções biossemióticas de Deacon sobre a coevolução da linguagem e do cérebro, alicerçadas em processos como a construção de nicho, a assimilação genética, a autodomesticação e o relaxamento da seleção natural. Nessa investigação sobre a antropogenia, destaca-se que é a negação, ou a perda de autonomias individuais e funcionais, a condição necessária para o surgimento da complexidade humana, notavelmente manifestada pelo vínculo social e pela linguagem simbólica, pois está na base para as experiências emocionais emergentes como o sentimento de culpa, o pensamento narrativo e a conduta moral. Ambas as teorias sustentam que o cerne do processo para a comunicação por meio de símbolos é constituído de processos negativos, em que se perdem as relações constantes na relação signo-significado e em que as modalidades de referência são cada vez mais indiretas. Por meio dessa interlocução, a pesquisa visa contribuir para um entendimento mais profundo da relação entre natureza, vida e simbolização, e propõe uma base conceitual que integra psicanálise e ciência emergentista sob a ótica da negatividade ontológica.
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