O presente trabalho analisa como os impactos da implementação de um modelo de cultura empresarial nos cursos de ensino de inglês incidem na (re)construção da identidade dos professores e, conseqüentemente, no seu sentimento de afiliação àquelas instituições. À luz de conceitos como identidade, contrato psicológico e comodificação e com base em entrevistas de pesquisa feitas com professoras de duas instituições, procuramos investigar como esta mudança vem afetando o sentimento de continuidade biográfica das professoras como indivíduos, profissionais e membros daquelas organizações. Os resultados sugerem que tal mudança faz emergir conflitos de representação em relação à tarefa de ensinar, ao papel do professor e à imagem da instituição, com conseqüências no sentimento de maior ou menor pertencimento à organização e no processo de construção de uma narrativa pessoal coerente.