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Estatística
Título: AS MASSAS EM ALGORITMO E SEUS LÍDERES
Autor: MARCIO GARRIT PEREIRA
Colaborador(es): MONAH WINOGRAD - Orientador
Catalogação: 10/ABR/2025 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69930&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69930&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69930
Resumo:
Este trabalho investiga as transformações promovidas pelas tecnologias digitais nas dinâmicas políticas, sociais e subjetivas contemporâneas, com foco nas massas digitais e na ciberliderança. Com base no referencial teórico da psicanálise freudiana, o estudo analisa como os algoritmos de IA e outros dispositivos digitais reconfiguram os laços sociais e impactam os processos de subjetivação. Por meio de uma abordagem interdisciplinar fundamentada na análise conceitual, propõe-se analisar como a metapsicologia freudiana contribui para a compreensão das configurações digitais da cibercultura, enfatizando a figura do líder, elemento central na dinâmica das massas descrita por Freud. Com efeito, trata-se menos de verificar a validade dos conceitos e mais de aplicá-los às particularidades da atualidade. Primeiro, revisitam-se, detalhadamente, os fundamentos teóricos sobre as massas, para em um segundo momento, analisar o impacto da digitalização, destacando como os algoritmos e as redes sociais digitais moldam as subjetividades, intensificam divisões sociais e manipulam opiniões públicas. Esses dispositivos tecnológicos criam bolhas informacionais e amplificam os mecanismos de controle e alienação. Em seguida, abordam-se as transformações na figura da liderança na era digital, com foco no ciberpopulismo e no surgimento de influenciadores digitais como novas formas de liderança. O bolsonarismo é o caso discutido para ilustrar essas dinâmicas. A pesquisa destaca como o controle exercido pelas tecnologias digitais favorece descargas da pulsão de morte, conceito central na teoria freudiana, e intensifica a fragilização do laço social. Argumenta-se que a psicanálise, como ferramenta ética e crítica, pode oferecer contribuições importantes para analisar os fenômenos digitais e seus impactos na subjetividade e nas relações sociais. Conclui se que, em tempos de rápidas transformações tecnológicas, é necessário preservar a singularidade do sujeito e repensar os modelos de liderança e pertencimento no contexto digital. Assim, reafirma-se a relevância do diálogo interdisciplinar entre a psicanálise e os estudos tecnológicos, indispensável para abordar as novas formas de subjetivação, controle social e liderança que emergem no contexto digital.
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