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Título: MULHERES, DINHEIRO FALSO E JUSTIÇA NO RIO DE JANEIRO DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX
Autor: BEATRIZ TELLES ESTRELLA
Colaborador(es): DIEGO ANTONIO GALEANO - Orientador
Catalogação: 07/ABR/2025 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69855&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69855&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69855
Resumo:
Este trabalho investiga os processos de judicialização de mulheres acusadas de participar do crime de moeda falsa no Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XX. Em diálogo com a história social do crime em perspectiva de gênero e com a história das mulheres no Brasil, a dissertação busca aportar elementos para pensar a agência econômica das trabalhadoras, suas estratégias de supervivência e suas formas de usar o dinheiro no mundo do comércio. Esposas, amantes e irmãs de fabricantes de notas falsas, donas de pensões, compradoras em lojas de diversos produtos: as mulheres que a polícia deteve e cujos casos terminaram nos tribunais de justiça são vistas aqui como parte de complexas redes de interações econômicas que envolviam famílias, relações afetivas e comerciais. Para isso, a pesquisa analisa um corpus de documentação policial, judicial e jornalística, com foco nos processos criminais preservados no Arquivo Histórico da Justiça Federal do Rio de Janeiro. A maior parte dos processos que envolviam mulheres se referiam a casos de passadoras de notas e moedas falsas e terminavam sendo arquivados pelos juízes das varas federais. Prestando atenção a esse universo mais amplo de casos, a estratégia metodológica adotada foi escolher três mulheres que, diferentemente da maioria das acusadas, foram julgadas e condenadas pelos tribunais. Portanto, se trata de casos; excepcionais, cuja documentação permite, no entanto, iluminar o papel das autoridades policiais e judiciais diante de casos de mulheres envolvidas nas redes de moeda falsa, assim como as estratégias de defesa das rés. Em contraste com a maneira como elas eram narradas pela imprensa, pelos policiais e muitas vezes pelos seus próprios advogados, ou seja, como mulheres incapazes de cometer crimes monetários e inclusive ignorantes dos usos sociais do dinheiro, esta pesquisa busca mostrar uma agência econômica feminina ativa, e muitas vezes altiva, nas interações monetárias cotidianas.
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