Título: | COMO POSSO TER PULSO FIRME SE MEUS ALUNOS TÊM PULSOS SANGRANDO?: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DAS EMOÇÕES E DA (DES)CONSTRUÇÃO DAS VIOLÊNCIAS EM NARRATIVAS DOCENTES | ||||||||||||
Autor: |
DHARVIND ANACLETO AGUIAR |
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Colaborador(es): |
ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA - Orientador MARA REGINA DE ALMEIDA GRIFFO - Coorientador |
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Catalogação: | 27/MAR/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69777&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69777&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69777 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Esta dissertação, atravessada por uma forte sensibilidade autoetnográfica (Biar;
Torres, 2018), surge de reflexões minhas, enquanto professor-pesquisador, e ganha
forma a partir do diálogo com outros três docentes recém-formados. Neste estudo,
como objetivo geral, busco entender como esses professores e eu construímos
discursivamente emoções no que se refere às nossas experiências no ambiente
escolar, incluindo situações de violências. Avançando aos objetivos específicos,
procuro: i) analisar a construção discursiva das emoções dos professores
participantes em narrativas de história de vida, a partir da identificação das escolhas
léxico-gramaticais avaliativas presentes nos nossos discursos docentes; ii) gerar
entendimentos sobre o papel micropolítico dessas emoções, refletindo sobre como
elas reforçam ou alteram relações de poder; e iii) refletir sobre a construção e a
desconstrução das violências escolares, debruçando-me especialmente sobre as
violências simbólicas do discurso. Os horizontes teórico-analíticos alinham-se à
Linguística Aplicada Crítica (Moita Lopes et al., 2006; Rajagopalan, 2011) em
interface com os estudos sobre emoções (Rezende; Coelho, 2010; Le Breton, 2019)
construídas em narrativas (Bastos, 2005), especialmente em narrativas de história
de vida (Linde, 1993). Alinhando-me ao paradigma qualitativo e interpretativista
de pesquisa (Denzin; Lincoln, 2006), promovi conversas exploratórias (Miller,
2001; Maciel, 2021) com os docentes como forma de registro dos nossos discursos,
o que possibilitou a coconstrução de reflexões INdisciplinares (Moita Lopes, 2006;
2013) sobre as vivências e violências em nossas salas de aula. Na esteira dos estudos
sobre avaliação do discurso (Labov, 1972; Thompson; Hunston, 2006; Oteíza,
2017), tomo por base o Sistema de Avaliatividade (Martin; White, 2005) para a
investigação das avaliações (Linde, 1997; Martin, 2001) produzidas
microdiscursivamente pelos participantes, relacionando-as a Discursos (Gee, 2015)
que circulam em contextos macrossociais. Entendimentos sugerem, por um lado,
que, devido às violências simbólicas e/ou físicas vivenciadas, os professores
participantes e eu construímos em nossos discursos emoções voltadas a Afetos de
insegurança e insatisfação, bem como a julgamentos morais no âmbito da ética. Por
outro lado, a dimensão micropolítica das emoções também parece nos mover a
continuar na docência, o que se observa por meio de emoções ligadas à indignação
crítica e à esperança. Nossas reflexões, proporcionadas pelas conversas
exploratórias, oportunizaram novas visões de nossas práticas educativas e a
possibilidade de desconstrução de atos violentos.
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