Essa dissertação tem como objetivo identificar quais são os desafios apresentados ao trabalho de assistentes sociais, no Brasil, a partir do avanço da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) em decorrência das transformações do capitalismo no mundo no período de 2020-2024, recorte histórico privilegiado da pandemia de Covid-19. A escolha desse período não é casual, trata-se do período pandêmico e pós pandêmico de Covid-19, quando pesquisadores puderam analisar parte dos fenômenos ocorridos nesse momento e publicá-los. Consideramos que o projeto societário, adensado pela nova era digital, já vinha se desenhando e ocupando espaço mundialmente sendo aprimorado nas primeiras décadas do século XXI, favorecido pelo discurso neoliberal, agravando assim a precarização das condições de trabalho. Tal cenário trouxe muitos desafios para o trabalho dos assistentes socais que tiverem que se adaptar a um novo normal que lhes imputou novas ferramentas de trabalho conduzindo transformações que se traduzem em novas ocupações, formas de trabalhar e de produzir, reconfigurando o universo do trabalho. Neste sentindo, pode-se dizer que o projeto capitalista contemporâneo é uma intensificação do Toyotismo que imputou intensificação e transformações para o processo de trabalho do Serviço Social, trouxe desafios de adaptação às TICs para a formação em Serviço Social e favoreceu à datificação das políticas socais trazendo prejuízos tanto para os assistentes sociais como para os usuários das mesmas.