Essa dissertação trata de um estudo do bullying como violência escolar. Visto que a problematização do bullying chegou no Brasil a partir dos estudos sobre violência escolar da década de 90, junto com a popularização dos estudos de Dan Olweus, e a visibilidade na mídia quanto a massacres, homicídios e suicídios relacionados a violência escolar. Procuramos enfatizar aqui o papel dos direitos humanos da criança e do adolescente na educação, que levou uma nova compreensão da criança e do adolescente sobre os direitos dos jovens e mudanças de políticas públicas nos países sobre tal. Em consequência dos tratados ratificados em direitos humanos, os países membros se atentaram à ampliação do acesso à escola e à garantia de permanência do alunato. É nesse contexto de massificação escolar e democratização da escola que surgem questionamentos sobre violência escolar e talvez uma das violências escolares mais traiçoeiras seja o bullying. Se faz aqui a análise de relatórios internacionais como da ONU, UNESCO e UNICEF para se compreender a problematização do fenômeno, assim como um levantamento bibliográfico sobre o tema. Por outro lado, também se pretende sociologizar a conceitualização de bullying reconhecendo-a como parta de dinâmicas de grupo das quais fazem parte a disputa de poder, comportamento agressivo e estigmatizações. Aqui, identificamos a fronteira do tema com o campo da psicologia, valorizando a importância de conceitos como como estresse, ambiente adaptativo e ganhos em reputação, que fomentam o debate.