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Título: VOZES DE UMA COMUNIDADE ESCOLAR MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO: UM OLHAR SOBRE O TRABALHO DE ALFABETIZAÇÃO
Autor: JESSICA CASTRO NOGUEIRA
Colaborador(es): ZENA WINONA EISENBERG - Orientador
JANETE TEXEIRA DE LYRA - Coorientador
Catalogação: 13/JAN/2025 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Notas: [pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
[en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio.
Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69131&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=69131&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69131
Resumo:
No ano de 2020, a população mundial foi surpreendida por um novo vírus que desencadeou uma série de mudanças na vida de todos. Devido ao coronavírus, escolas e diversos estabelecimentos foram fechados. Com isso, milhares de crianças deixaram de frequentar a escola e, principalmente, aquelas que estavam no começo da aprendizagem de leitura e escrita, tiveram sua escolarização gravemente afetada. Esta tese traz uma pesquisa qualitativa que investiga o processo de alfabetização ocorrido durante o período da pandemia do covid-19. Trata-se de um estudo de caso de uma escola municipal do Rio de Janeiro, onde foram entrevistadas: 5 professoras que atuaram em classes de alfabetização no ano de 2020 ou que receberam alunos advindos desta etapa nos anos de 2021 e 2022, 25 crianças do 3º e 4º ano e 16 responsáveis. As entrevistas foram individuais com os adultos e coletivas com as crianças, e todas foram transcritas, codificadas e analisadas com o software Atlas Ti. Os resultados mostram que as professoras viram dificuldades na adaptação das crianças à cultura escolar, defasagem da aprendizagem e dificuldades em habilidades que somente através da escolarização poderiam ser adquiridas. As professoras indicaram também a importância da família no processo de retorno ao ensino presencial. Por meio das entrevistas com as crianças, verificamos que a mediação das tarefas ficava sob responsabilidade, principalmente, das mães. Dentre o repertório diverso de atividades realizadas pelas crianças, houve, contudo, um maior destaque para atividades tradicionais - cópias de textos e o trabalho com palavras e sílabas. Já as crianças falaram sobre uma alta carga de tarefas para serem realizadas, algo que se tornou um obstáculo devido ao outro problema indicado por elas: a dificuldade em se comunicar com as professoras. Também sinalizaram a importância da escola para a aprendizagem e socialização, mencionando a saudade dos amigos e das atividades escolares. Por último, nas entrevistas com os responsáveis, vimos que utilizaram variedade de recursos na tentativa de auxiliar as crianças em sua aprendizagem, destacando-se: a impressão das atividades enviadas pela escola, o uso da apostila da rede, a participação nas aulas remotas, atividades enviadas pelo WhatsApp e aulas pelo programa disponibilizado pelo município, o Rioeduca na TV. Os responsáveis destacaram aspectos positivos e negativos do ensino remoto, ressaltando a importância do papel do professor e da seleção adequada de materiais, além da importância da interação presencial. Em suma, este estudo evidencia a necessidade de estratégias educacionais mais eficazes e inclusivas para enfrentar crises futuras, reforçando o papel insubstituível da escola e do professor no processo de alfabetização e desenvolvimento das crianças. É necessário que o governo faça investimentos para termos, de fato, uma educação pública democrática e de qualidade.
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