Título: | AS HERMENÊUTICAS DO SUL: OS CAMINHOS DA COMPREENSÃO E A SURREALIDADE COMO CONDIÇÃO | ||||||||||||
Autor: |
CLELIO TOFFOLI JUNIOR |
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Colaborador(es): |
ALEXANDRE MONTAURY BAPTISTA COUTINHO - Orientador IZABEL MARGATO - Coorientador |
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Catalogação: | 17/DEZ/2024 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=68844&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=68844&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68844 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A presente tese versa, em forma de especulação, sobre o que vêm a ser as
hermenêuticas do Sul, e os caminhos de interpretação que podem ser trilhados nessa
busca pela quebra do modelo tradicional hermenêutico, eurocêntrico e colonialista,
tendo sempre como baliza a surrealidade como condição, buscando ao final
aproximação com a literatura latino-americana contemporânea. Após uma breve
introdução, o primeiro capítulo busca tratar brevemente dos sistemas hermenêuticos
tradicionais, com foco maior sobre a teoria do filósofo alemão Hans Georg
Gadamer, não sem antes fazer um breve inventário dos sistemas hermenêuticos
europeus, especialmente no campo da filosofia, das ciências sociais e da literatura,
até chegar ao sistema gadameriano. Dentro desse panorama inicial, já se vê também
crítica ao racionalismo, ao eurocentrismo e ao racismo criado pela modernidade, os
grandes eixos tutelados pela hermenêutica do Norte global, que acabou sendo
usada, pela via da interpretação, como instrumento de dominação do pensamento
nos países periféricos e ex-colônias europeias da América Latina. A partir daí a tese
começa a buscar seu próprio caminho especulando sobre o estabelecimento de um
modo de interpretação hermenêutico que logre contemplar o pensamento do sul
global (em especial da América Latina). Ao adentrar nessa especulação, a tese
discorre sobre as figuras míticas de Hermes e Exu, o primeiro identificado com as
hermenêuticas tradicionais, no Norte global e o segundo a figura a ser buscada como
identificação para a hermenêutica do Sul, realizando uma espécie de substituição
de Hermes, o grande patrono da hermenêutica eurocentrada, pela figura de Exu,
como o caminho a ser seguido, desbravado pelo pensamento do sul. Nesse momento
a tese faz notar que Exu, ao contrário de Hermes, não é mensageiro, não indica
caminho, mas é o próprio caminho. Feito esse corte, a tese passa a especular sobre
qual seria a melhor ideia de compreensão para as hermenêuticas do Sul, e acaba
por eleger uma surrealidade que permeia as literaturas latino-americanas, passando
um pouco pelo surrealismo antilhano, algum surrealismo francês e algo do
periférico surrealismo português (por terem suas obras apartadas do eixo
hermenêutico europeu), para ao final, através de arquivos ficcionais e poéticos, e
dos realismos mágico, fantástico e delirante, e um pouco também calcado no
movimento infrarrealista, achar uma linha hermenêutica quase totalmente latinoamericana. Depois, como condição para o estabelecimento das hermenêuticas do
Sul, a tese se encaminha para o fecho com as conclusões dessa análise e a
especulação da real possibilidade de uma ideia hermenêutica para o sul global,
passando daí para o último movimento, que é uma breve análise, a partir da ideia
resultante das hermenêuticas do Sul, de um romance do escritor Ariel Luppino,
chamado A outra vida, que carrega em sua escritura um pouco da carga de
surrealidade especulada na tese, passando daí para as breves considerações finais.
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