Título: | NEGÓCIOS DA SEGURANÇA: GUARDAS COMERCIAIS E VIGILÂNCIA PORTUÁRIA NO RIO DE JANEIRO (1885-1937) | ||||||||||||
Autor: |
PEDRO GUIMARAES MARQUES |
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Colaborador(es): |
DIEGO ANTONIO GALEANO - Orientador AMY ELYZE CHAZKE - Coorientador |
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Catalogação: | 07/OUT/2024 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=68320&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=68320&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68320 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Esta tese investiga o processo de construção de serviços de policiamento pago na
região portuária do Rio de Janeiro entre finais do século XIX e as primeiras décadas do
XX. Analisa a história de dois tipos de guardas comerciais que operavam na cidade: a
trajetória das guardas noturnas desde seu surgimento na década de 1880 e o ciclo de
existência da Polícia do Cais do Porto até as tentativas de sua encampação na década de
1930. A partir do cruzamento de campos historiográficos distintos (história da polícia e
das forças de segurança, história dos mundos do trabalho comercial e portuário, e história
social da cidade), busca-se preencher uma lacuna no conhecimento histórico sobre a
vigilância paga, a segurança como mercadoria e a heterogeneidade de formas de
policiamento coexistentes na cidade do Rio de Janeiro no período de formação de um
sistema republicano de polícia. As perspectivas estado-cêntricas dos estudos policiais
caracterizaram a emergência da polícia moderna como um processo marcado pela
transferência de poderes coercitivos privados para o Estado e suas forças de segurança
pública, que teria vigorado até o auge de empresas privadas de vigilância na virada do
século XX para o XXI. Em diálogo com uma renovada historiografia internacional da
segurança privada, esta tese procura situar as formas de policiamento pago no Rio de
Janeiro como parte constitutiva do processo de emergência da polícia republicana,
concebida como um esquema misto entre dimensões públicas e privadas de policiamento,
interligadas entre si em uma zona de negociação que reuniu autoridades, comerciantes e
trabalhadores da vigilância. Para isso, analisa um corpus de documentação policial,
literária, jornalística e empresarial. Longe de serem analisadas como agências dissociadas
da expansão do poder coercitivo estatal, lê-se as guardas comerciais enquanto parte de
um espaço heterogêneo de exercício da coerção, com atenção para o caráter negociado de
suas regulamentações, a fiscalização estatal de suas atividades cotidianas e as condições
de trabalho dos seus empregados.
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