Título: | CARACTERIZAÇÃO DE CERAS DE PARAFINA EM ÓLEOS BRUTOS BRASILEIROS E SUA CORRELAÇÃO COM EMULSÕES ÁGUA-EM-ÓLEO | ||||||||||||
Autor: |
VITORIA REGIA MOISES NUNES GOMES |
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Colaborador(es): |
ANA MARIA PERCEBOM SETTE DA SILVA - Orientador LINA ROCIO MORANTES PERICO - Coorientador |
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Catalogação: | 05/SET/2024 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=67870&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=67870&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.67870 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
O aparecimento de emulsões tem gerado vastos desafios
operacionais e econômicos para a indústria petrolífera, principalmente na
etapa de separação de óleo e água no processamento primário do fluido
produzido de petróleo. Vários estudos anteriores sugerem que os
asfaltenos são responsáveis pela formação e estabilidade de emulsões de
petróleo. No entanto, com a descoberta do Pré-Sal, a formação de
emulsões estáveis tem sido observada mesmo a partir de óleos brutos com
baixo teor de asfaltenos, sugerindo que outras frações do óleo bruto
tenham um papel importante nestas emulsões. O levantamento
bibliográfico deste trabalho mostrou diferentes aplicações em que as ceras
de parafina podem atuar como partículas Pickering ou redes em gel que
estabilizam emulsões em outras áreas. Assim, surge a hipótese de que elas
também tenham um papel relevante na estabilização de emulsões de
petróleo. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de formação e
estabilização de emulsões água-em-óleo (A/O) por ceras de parafinas de
petróleo e sua possível interação com outras frações com atividade
interfacial. Para isso, a primeira parte do trabalho envolveu a extração de
ceras de parafina de óleos brutos brasileiros e a análise da sua composição
química e de seus respectivos óleos brutos. A segunda parte consistiu na
caracterização de emulsões formadas por óleos brutos, óleos residuais da
extração de asfaltenos ou óleos residuais da extração de ceras de
parafinas. Por fim, a terceira parte envolveu o preparo de emulsões
modelos considerando a solubilidade dos componentes dos óleos para
identificar as frações do petróleo que formam e estabilizam as emulsões.
Os resultados indicaram que a remoção de asfaltenos aumentou a
estabilidade da emulsão e, em outro resultado, a remoção das ceras
diminuiu drasticamente a estabilidade da emulsão a estabilidade das
emulsões em questão. Por outro lado, apenas as ceras de parafina não são
suficientes para promover a formação da emulsão, sendo necessária sua
combinação com outros componentes anfifílicos diferentes dos asfaltenos.
A análise de espalhamento de raios X de baixo ângulo (SAXS) revelou que
as ceras só formaram estrutura lamelar quando altamente purificadas, o
que é muito distante da mistura complexa que é o óleo bruto. Portanto, as
ceras de parafina provavelmente não formam uma rede em gel para
estabilizar as emulsões, mas formam partículas cristalinas que promovem
estabilização Pickering. Em conclusão, as emulsões modelos tiveram uma
boa correlação com os resultados de amostras reais graças à escolha de
componentes e solventes para simular emulsões de petróleo bruto. Esta
correlação indicou que outros componentes do petróleo além do asfaltenos
e ceras desempenham um papel crucial na formação de emulsões,
enquanto a cera de parafina proporciona estabilização por mecanismo de
Pickering. Portanto, este estudo aumenta a compreensão dos mecanismos
que governam as emulsões de óleos brutos brasileiros parafínicos.
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