Este estudo analisa o isolamento social, a solidão e o FoMO (Fear of Missing Out) no teletrabalho. Para embasamento teórico, foi revisada a literatura relacionada ao teletrabalho e suas implicações, focando os aspectos negativos relacionados com o aumento do isolamento social, do FoMO e da solidão. A metodologia adotada foi a análise qualitativa, com entrevistas semiestruturadas, realizadas com 12 líderes que atuam em organizações de diversos segmentos e tamanhos. Para análise dos resultados, optou-se pela análise de conteúdo, com agrupamentos das respostas em sete categorias temáticas: percepção dos teletrabalhadores referente ao Fomo, solidão e isolamento social; apoio, intervenções e consequências do Fomo, da solidão e do isolamento social no teletrabalho; e, interação dos teletrabalhadores nas mídias sociais. Os resultados revelam que, embora muitos profissionais apreciem o trabalho remoto, os custos associados ao teletrabalho são significativos, quando prejudicam as relações interpessoais. Dentre os pontos positivos do teletrabalho, evidenciou-se o aumento da produtividade, melhoria na qualidade de vida e do bem-estar dos teletrabalhadores. Por outro lado, os entrevistados apontaram pontos negativos do teletrabalho, decorrentes de falhas no processo de comunicação, do aumento do FoMO, da solidão e do isolamento social. Por fim, a pesquisa sugere estudos futuros sobre o tema, e apresenta proposições para minimizar estes pontos negativos identificados.