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Título: DELÍRIO E O AVESSO DO INTERNACIONAL: UMA ONTOLOGIA DELEUZIANA SOBRE A POLÍTICA MUNDIAL
Autor: VINICIUS ARMELE DOS SANTOS LEAL
Colaborador(es): MONICA HERZ - Orientador
ÁDAMO BOUÇAS ESCOSSIA DA VEIGA - Coorientador
Catalogação: 11/JUL/2024 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=67287&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=67287&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.67287
Resumo:
Diante das incertezas decorrentes do declínio da ordem liberal pós-Guerra Fria, a disciplina de Relações Internacionais busca rearticular as subjetividades em meio a uma ordem global em transformação. A interconexão entre a vida subjetiva pessoal e a vida subjetiva social torna-se evidente ao considerarmos como os afetos influenciam as decisões políticas, moldam a percepção da verdade e contribuem para a construção da realidade. Ao explorarmos as relações internacionais à luz da interseção da evolução da psiquiatria, podemos observar como o evento da loucura não se reduz a um acontecimento isolado em um indivíduo. Gilles Deleuze e Félix Guattari, na obra O Anti-Édipo, propõem que, sob cada sociedade, existe um vasto fluxo de natureza libidinal-inconsciente que constitui o delírio da sociedade como um todo. Eles concebem o delírio como a matriz geral de todo investimento social inconsciente, sugerindo uma relação intrínseca entre loucura e pensamento. Influenciado por esse sistema de pensamento, propomos, nesta tese, uma alternativa à concepção ortodoxa da identidade reduzida a um Eu no campo das relações internacionais. Aquilo que denominamos como uma ontologia essencialista (essence), substituindo-a por uma ontologia imanente deleuziana, entendida como uma ontologia do sentido (sens). A loucura é aqui concebida não como uma condição individual, mas como uma metodologia, uma teorização pós-humana que enfatiza os processos de devir e diferenciação, considerando todos os corpos, humanos e não humanos, em um jogo constante, fluido e relacional. Dessa forma, tomando o delírio como método, procuramos questionar a natureza das relações internacionais, oferecendo uma crítica aos pressupostos ontológicos do conceito de internacional que estabelece uma ontologia estatista vinculada ao axioma de Westfália. Propomos a necessidade de confrontar estruturas baseadas em identidades, revelando como o pensamento ocidental moderno moldou modos de pensamento e categorias nas RI. Sugerimos uma reestruturação da identidade e da diferença por meio de uma ontologia do desejo e das linhas imanentes, fundamentais para uma teoria generalizada dos fluxos nas RI, inspirada na filosofia da diferença de Deleuze e Guattari. Por fim, a importância de tal movimento seria dada pela exploração da chamada virada afetiva nas humanidades e ciências sociais, introduzindo a cartografia esquizoanalítica como método de pesquisa. Esta abordagem oferece uma crítica especulativa à ontologia ortodoxa das Relações Internacionais e propõe uma reestruturação ontológica baseada em Deleuze e Guattari, buscando, assim, uma compreensão relacional dos agenciamentos internacionais.
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