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Título: RACISMO E MIGRAÇÃO: VIDAS HAITIANAS INTERCRUZADAS PELA REALIDADE BRASILEIRA NO MUNICÍPIO DE MARICÁ-RJ
Autor: CAMILA RODRIGUES ESTRELA
Colaborador(es): ARIANE REGO DE PAIVA - Orientador
Catalogação: 04/JUL/2024 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=67193&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=67193&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.67193
Resumo:
Esta tese de doutorado foi realizada no programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), na linha de pesquisa Violência, Direitos, Serviço Social e Políticas Intersetoriais, vinculada ao grupo de pesquisa do CNPq: Estado, Sociedade, Políticas e Direitos Sociais (GESPD). Teve como objetivo a análise da sociabilidade da população haitiana na cidade de Maricá- RJ, diante do racismo brasileiro. Buscamos aprofundar se a integração do segmento é afetada por essa realidade ou ainda, quais estratégias e rearranjos são realizados pelo grupo, de forma coletiva e/ou individual. Procurou-se trazer as interseções entre Brasil e Haiti, bem como as motivações que levam a população haitiana a deixar seu país, e a escolha por Maricá, e como percebem os desdobramentos desse processo, a partir das especificidades brasileiras constituídas sob o racismo estrutural. No percurso metodológico, foram realizadas observações participantes, a partir da interação junto aos migrantes residentes na cidade, através de registros com informações variadas. Foram também realizadas entrevistas em profundidade com 5 pessoas haitianas (4 homens e 1 mulher), possibilitadas a partir de um articulador haitiano. O tema de pesquisa faz-se relevante pela pouca produção e sistematização do processo migratório em Maricá, podendo constituir-se enquanto base de consulta para subsidiar a elaboração de políticas públicas voltadas para esse segmento, bem como apontar melhorias no processo de sociabilidade do segmento. As análises permitiram constatar que o racismo brasileiro interfere nas escolhas e no modo de vida das pessoas entrevistadas, sendo apreendido de diferentes formas: fazendo com que busquem movimentos que fortaleçam a identidade negra brasileira, forçando a retomada da rota haitiana para outros países, ou ainda, diante da necessidade de manutenção material da vida, o racismo é colocado em segundo plano, criando-se estratégias de sobrevivência. Foram apontados nesse sentido, as dificuldades no campo do trabalho, incluindo experiências racistas e dificuldade com documentação, além de vivências do racismo no âmbito interpessoal, coletivo e institucional. Desta forma, foi possível compreender que o racismo se expressa de diversas formas na vida da população haitiana, na cidade de Maricá, fortalecendo um movimento de evasão do segmento e de construção de estratégias por parte dos que decidem permanecer.
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