Título: | TRADICIONALISTAS OS FILHOS DIANTE DOS PAIS NEÓFILOS: UMA INTERPRETAÇÃO DA NARRATIVA GERACIONAL DE GILBERTO FREYRE NOS ANOS 20 | ||||||||||||
Autor: |
ANA LIVIA CARDOSO CASTANHEIRA ALVIM |
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Colaborador(es): |
MARIA ALICE REZENDE DE CARVALHO - Orientador |
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Catalogação: | 02/JAN/2024 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=65752&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=65752&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.65752 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A presente tese procura compreender como Gilberto Freyre se comportou
enquanto intelectual durante a conturbada década de 1920. A partir dos textos que
Freyre escreveu para o jornal Diário de Pernambuco e da correspondência trocada
com Oliveira Lima e José Lins do Rego, pergunta-se como Freyre reagiu diante da
crise que se gestava no Brasil durante a década de 1920. Parte-se da hipótese de que
Freyre foi profundamente afetado pelo contexto de crise em que estava inserido nos
EUA e na Europa do pós-guerra, assim como na crise da Primeira República que
encontra ao retornar para o Brasil em 1923. Se observou que nesses três contextos
se encontrava movimentos culturais que questionavam a ideia geral de Progresso
instada pelas ideologias de liberalismo e positivismo. A sua formação intelectual,
junto do choque de encontrar sua cidade natal modificada pelo processo de
modernização em curso, do qual já era crítico desde o EUA, confluem nos textos
que escreveu para o mencionado jornal. Nesses textos, é possível observar o Freyre
crítico social, acusando os males da modernização, do positivismo, do
liberalismo, da democracia.
A ideia de geração como recorte analítico se dá a partir da teoria de
Mannheim, que relaciona as categorias de intelectual e de geração com momentos
de transição social. Tal escolha foi estimulada pela percepção de que o próprio
Freyre adotou uma narrativa geracional em seus textos da época. O que se pode
perceber com essa pesquisa é que o jovem intelectual pernambucano, diante da crise
que se observou no país, se posicionou como voz de uma grande geração – a geração
da guerra. Papel que identifica também nos intelectuais do Rio e de São Paulo,
consubstanciado em um dever de corrigir os excessos da geração de seus pais, isto
é, a geração que fundou a República. A presente tese reafirma a partir da trajetória
de Freyre o que outras pesquisas já haviam apontado: nesse período houve uma
afluência de diversos grupos intelectuais e artísticos em torno da ideia de uma
geração que possui a responsabilidade de constituir a identidade nacional. Para o
jovem pernambucano, até aquele momento estava em voga a busca por um
Progresso que era realizada a custo das tradições. Portanto, para a constituição dessa
nacionalidade, Freyre sugere em seus textos a necessidade de retorno criativo à
tradição dos avós, que teria sido negada pela geração de seus pais. Para ele a
identidade nacional deveria ser compreendida a partir da comunhão entre as
particularidades regionais – fundamento do Regionalismo.
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