Título: | DIFERENTES DIMENSÕES DO ACESSO DE REFUGIADAS CONGOLESAS À ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO | ||||||||||||
Autor: |
TAIANE DAMASCENO DA HORA |
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Colaborador(es): |
ARIANE REGO DE PAIVA - Orientador LUDMILA FONTENELE CAVALCANTI - Coorientador |
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Catalogação: | 23/NOV/2023 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=65068&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=65068&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.65068 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
O objeto desta tese consiste na análise das diferentes dimensões do acesso
de refugiadas congolesas à atenção integral à saúde da mulher no município do Rio
de Janeiro. Compreendeu-se que com o princípio da universalidade estabelecido no
Sistema Único de Saúde (SUS) tanto os brasileiros quanto os migrantes e refugiados
que estão no país podem acessar os serviços de saúde sem que sejam impostas
barreiras de acessibilidade, legais, econômicas, físicas ou culturais. A tese traz um
tema ainda pouco explorado nos estudos no que diz respeito as mulheres refugiadas
e migrantes, principalmente em relação aos estudos de: gênero e refúgio, violência
de gênero e a interseccionalidade. Assim, entende-se que as mulheres já vivenciam
várias formas de violações de direitos e são mais afetadas pelas desigualdades
sociais, entretanto isso se agrava com fatores como raça e classe e neste estudo,
acrescenta-se a nacionalidade e sua condição de migrante e refugiada. A pesquisa
foi realizada na Atenção Primária do Rio de Janeiro. A metodologia utilizada é a
abordagem qualitativa. Foram realizadas 12 entrevistas semiestruturadas com
gestores (4), profissionais da Clínica da Família (5) e mulheres refugiadas
congolesas (3). Para analisar os dados coletados foi utilizada a análise de conteúdo
na modalidade temática. A partir da pesquisa identificou-se que no município do
Rio de Janeiro ainda não existe uma política voltada para atendimento à saúde de
mulheres refugiadas, ela segue sendo desenhada, porém, os profissionais realizam
o atendimento nas unidades de saúde. A cultura e a falta de tradutores nas unidades
de saúde são desafios para os profissionais e gestores de saúde, isso aparece
atrelados a outros problemas como a violência contra mulheres e a ausência de uma
política pública para tradutores nas unidades. O contexto de desmonte da Atenção
Primária no governo Crivella interferiu no trabalho que vinha sendo desenvolvido no município do Rio de Janeiro em relação à saúde de refugiados, atualmente há
uma reconstrução ainda em curso. A Atenção Primária é a principal porta de entrada
para as mulheres refugiadas que buscam os serviços principalmente para realizar
pré-natal, a gravidez aparece como uma busca pelo direito de cidadania no Brasil a
partir da visão dos profissionais e também é importante apontar a busca dos
profissionais em fazer com que as mulheres refugiadas compreendam e acessem
seus direitos sexuais e reprodutivos. Cabe apontar que as congolesas utilizam os
serviços de saúde e afirmam que o atendimento foi bom, demostram que no Brasil
a saúde é melhor que na RDC, e embora sejam gratas, elas questionam a demora no
atendimento, o mau atendimento médico e precarização nos serviços. Por fim, nota-se que o contexto de desmonte do SUS também afeta as mulheres refugiadas que
buscam atendimentos de saúde da mesma forma que afeta as brasileiras e outras
migrantes, todavia, é nesse contexto que a política de saúde para refugiados vem
sendo desenhada, já que ainda não foi legitimada e trata-se de um processo de luta
com significativas conquistas nos últimos anos.
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