Título: | A CRISE DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA E O POPULISMO DE DIREITA NO BRASIL: CONCEITO, DISRUPÇÃO E ASCENSÃO POLÍTICA | ||||||||||||
Autor: |
GABRIEL SILVA REZENDE |
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Colaborador(es): |
RICARDO EMMANUEL ISMAEL DE CARVALHO - Orientador |
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Catalogação: | 21/NOV/2023 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=65002&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=65002&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.65002 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Este trabalho tem como objetivo analisar as bases sociopolíticas e econômicas
da ascensão do populismo de direita conservador-autoritário no Brasil, entre os anos
de 2016 e 2022, personalizado e vocalizado pelo então candidato à presidência da
República Jair Messias Bolsonaro. Para isso, identificamos e analisamos os fatores
conjunturais e estruturais que possibilitaram a ascensão de um ex-deputado federal
ao cargo máximo do país, até então sem expressividade política e disputando o
pleito por um partido político sem capilaridade nacional. Argumentamos que a
vitória do ex-capitão do Exército brasileiro faz parte do fenômeno global do
populismo contemporâneo na esteira da crise da representatividade nos países
democráticos, mas que no caso brasileiro tem especificidade própria. Uma vez que
o Brasil apresenta, ao contrário de boa parte dos Países da Europa Ocidental e dos
Estados Unidos, baixa institucionalização do sistema partidário e votos,
majoritariamente, personalistas, o que favorece as aventuras populistas. Ainda
assim, tivemos fatores conjunturais e estruturais que favoreceram a maior inserção
e o crescimento da direita no país, após 13 anos de governos do Partido dos
Trabalhadores em nível nacional, bem como fatores associados às Jornadas de
Junho de 2013, a Operação Lava Jato, o processo de impeachment de Dilma
Rousseff, a emergência da pauta conservadora e de costumes na esfera pública.
Essas circunstâncias favoreceram, pela primeira vez na história política brasileira,
através do voto popular, a eleição de um candidato diretamente identificado com o
campo da direita. Dessa forma, a estratégia político-eleitoral populista se organizou
ao redor de cinco pilares de sustentação sociopolítica e econômica: lavajatismo e
antipetismo, militares, evangélicos, agronegócio e redes sociais. No exercício do
Poder Executivo, a partir de 2019, o populismo de direita de Bolsonaro estabeleceu
relações conturbadas com os outros poderes da República, especialmente com o
Poder Judiciário, e com os governos subnacionais, além de apoiar manifestações
antidemocráticas. Podemos concluir, assim, que o bolsonarismo, como movimento
político, tem um caráter mais estrutural do que conjuntural pela sua capilaridade
nos segmentos sociopolíticos e econômicos da sociedade brasileira.
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