Título: | A NORMA E A FORMA: A MEDICALIZAÇÃO DA MULHER NA PUBLICIDADE DE FÁRMACOS DA DÉCADA DE 1920 | ||||||||||||
Autor: |
PAOLA SARLO PEZZIN |
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Colaborador(es): |
ADRIANA ANDRADE BRAGA - Orientador JOSE CARLOS SOUZA RODRIGUES - Coorientador |
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Catalogação: | 18/OUT/2023 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=64356&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=64356&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.64356 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Na década de 1920 a República passava por diversas mudanças estruturais
em decorrência das doenças epidêmicas e da adequação ao novo modo de vida
urbana. No Rio de Janeiro, enquanto capital do país, as mudanças foram mais
acentuadas e foram devidamente registradas nas revistas ilustradas. Nestes
registros, os textos, ilustrações e fotografias demonstram que, se por um lado os
novos costumes estimulavam sociabilidades, propiciando a presença feminina nos
espaços públicos e certas liberdades, por outro, os discursos médicos e a moda
tornam-se mais exigentes quanto ao corpo feminino. Deste modo, saúde e beleza,
doença e feiura são pares que muitas vezes se confundem, enquanto sugerem
limites entre o que é considerado excessivo e o ideal. Essas novas demandas de
adequação corporal parecem não ser apenas novas necessidades concebidas pela
medicina ou pela moda, mas fruto do desenvolvimento profundo das técnicas de
publicidade que atuaram para escoar a produção da indústria farmacêutica.
Portanto, a promoção da suposta fragilidade feminina - suas doenças e defeitos
físicos ou comportamentais - através da propaganda de medicamentos mostrou-se
um meio particularmente eficaz no esforço de controle disciplinar do corpo
feminino. Por meio da análise da publicidade de medicamentos veiculadas na
revista Fon-Fon da década de 1920, este estudo argumenta como estes atuaram
como instrumentos de coerção, educando e medicalizando o corpo feminino,
disseminando ideais de feminilidade e sexualidade, família, saúde, higiene, e
progresso nacional.
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