Título: | MANIFESTAÇÕES CULTURAIS JUVENIS: O HIP HOP ESTÁ COM A PALAVRA | |||||||
Autor: |
CELIA AMALIA LODI |
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Colaborador(es): |
SOLANGE JOBIM E SOUZA - Orientador |
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Catalogação: | 29/ABR/2005 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | |||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=6396&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=6396&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.6396 | |||||||
Resumo: | ||||||||
A segmentação social dos sujeitos contemporâneos em
diversos agrupamentos,
constituindo referências identitárias que se organizam e se
expressam por meio de
manifestações culturais específicas, parece ser a marca
atual de uma nova ordem social e
política. Nesta perspectiva, analisar a especificidade das
diversas manifestações da
juventude requer uma delimitação desta ampla categoria, que
no caso da presente
pesquisa se concretiza a partir da cultura Hip Hop.
Portanto, juventude e cultura Hip Hop
se constituem mutuamente, apresentando especificidades que
apontam para novas
modalidades de ação política como modos de produção da
cultura e da subjetividade de
determinados grupos de jovens habitantes das periferias dos
grandes centros urbanos.
A criação de modos de expressão que legitimam espaços de
voz e de ação
política de jovens marginalizados se configura como um dos
modos de apropriação e recriação
da cultura no mundo globalizado e excludente. Tendo por
base diversas fontes
documentais, tais como, observações de grupos específicos
de jovens que desenvolvem
atividades culturais com apoio de ONGs, entrevistas
gravadas em vídeo com jovens
participantes da cultura Hip Hop, relatórios de encontros e
mesas redondas com a
participação de lideranças expressivas do universo Hip Hop,
pretendeu-se analisar e
discutir as táticas de sobrevivência e de re-invenção do
cotidiano, nos termos de Michel
de Certeau, desenvolvidas por estes grupos de jovens como
formas de reação aos
processos de exclusão social.
Nossa análise do lugar social e político ocupado pela
juventude Hip Hop,
coincide com a visão apresentada por Milton Santos, quando
este autor enfatiza que a
grande parte da população excluída do mercado global, ou
que sobrevive à margem da
contabilidade pública oficial, cria uma cultura própria,
endógena, resistente, que constitui
uma base sólida para a produção de uma política. A tomada
de consciência trazida pelo
enraizamento no meio, pelo território comum e pela
experiência da escassez torna
possível a produção de projetos e ações políticas como
modos genuínos de resistência. O
uso criativo da cultura Hip Hop, por determinados setores
da juventude, é, portanto,
tomado aqui como estratégia de luta e de re-invenção dos
modos de fazer política no
mundo contemporâneo.
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