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Título: REFUGIADOS FORA DE LUGAR: HISTÓRIAS EMBARALHADAS E A POLÍTICA DA IMAGINAÇÃO
Autor: SUZANA DE SOUZA LIMA VELASCO
Colaborador(es): ROBERT BRIAN JAMES WALKER - Orientador
ROBERTO VILCHEZ YAMATO - Coorientador
Catalogação: 31/AGO/2023 Língua(s): INGLÊS - ESTADOS UNIDOS
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=63869&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=63869&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.63869
Resumo:
Esta dissertação analisa como histórias sobre refugiados podem divergir da narrativa previsível de perseguição e sofrimento que é esperada deles, sem desconsiderar a violência envolvida em seu deslocamento. Refugiado se tornou uma categoria discursiva que delineia uma figura de proteção abstrata e despolitizada, e que na última década tem sido usada em oposição ao migrante entendido como um fardo. Como todas as experiências, as dos refugiados excedem as categorias impostas a eles. Sua especificidade é que seu excesso ameaça a ordem internacional. Eles são enquadrados como uma exceção temporária, ainda que inevitável, até que a normalidade – a cidadania – seja restaurada. A análise relaciona a construção da categoria de refugiado com uma linguagem estável que garanta previsibilidade num sistema de estados em que a mobilidade precisa ser controlada. Em seguida, mostra que até a linguagem mais categórica depende de uma ambivalência, por meio da qual os sentidos podem ser desestabilizados, ainda que sejam capturados novamente. Sugerindo que a linguagem é chave para se questionar o ideal regulativo espacial do pertencimento político, a dissertação analisa textos e filmes de ficção e não ficção que, nos últimos dez anos e em diferentes países, criaram formas mais instáveis de representação de refugiados, deslocando e rearrumando seus lugares espaciais e cognitivos. Com atenção a narrativas, seus enredos, personagens e escolhas formais, a dissertação mostra como pessoas denominadas refugiadas vivem nas fronteiras dessa categoria, para além da vitimização. Por meio de debates sobre visibilidade/invisibilidade, fronteiras e agência provocados pelas histórias, a análise começa com uma discussão sobre a dificuldade de se abandonar uma categoria ainda necessária para justificar proteção e chega à possibilidade de ressignificar narrativas sobre refugiados levando imaginação à vida, uma politização que está constitutivamente ausente da figura do refugiado.
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