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Título: ARQUITETURA CARIOCA NAS DÉCADAS DE 1960-70: ARTICULAÇÕES EM REDES DE SOCIALIZAÇÃO
Autor: MONICA CAVALCANTE DE AGUIAR
Colaborador(es): JOAO MASAO KAMITA - Orientador
MARCOS OSMAR FAVERO - Coorientador
Catalogação: 28/AGO/2023 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=63800&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=63800&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.63800
Resumo:
As articulações em redes de socialização de um grupo de arquitetos de formação carioca no contexto pós-Brasília nas décadas de 1960-70, é o tema dessa tese, cujos capítulos – inquietações, interconexões, enfrentamento e estudos de casos – se desenvolvem como proposta de revisão historiográfica. Inquietações, que são provenientes da releitura crítica da obra de Reyner Banham, do movimento atual de descaso com a manutenção e demolição indiscriminada de edificações brutalistas, da leitura dos textos que reproduzem os debates arquitetônicos no período pós-Brasília e da observação de uma possível clivagem entre discurso e fato, presente em alguns desses textos – razão provável para que essa arquitetura tenha sido interpretada, na sua época, por paradigmas conceituais provavelmente já superados, que os fundamentos da História dos Conceitos, de Reinhard Koselleck, ajudam a compreender. Interconexões, analisadas no campo teórico do Agir Comunicativo formulado por Jürgen Habermas, que foram evidenciadas por meio de 6 entrevistas e da pesquisa em 1726 revistas – publicações que comprovaram a contemporaneidade da produção arquitetônica carioca com os debates que se davam no contexto cosmopolita das décadas de 1960-70, conformando um mundo da vida como substrato para que as pretensões de validade criticáveis pudessem acontecer e, portanto, abrir novos caminhos para a prática arquitetônica. Enfrentamento, por meio da investigação de 3 possíveis origens para esse posicionamento – racional, analítica e brutalista –, concluindo com 3 estudos de casos emblemáticos do período – a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Indústria de Produtos Alimentícios Piraquê e a Torre Rio Sul – segundo as categorias de coordenação modular, coordenação sistêmica e materialidade, criadas como ferramentas para comprovar a hipótese proposta nesse trabalho. Por fim, comprovou-se um desdobramento do movimento brutalista na produção arquitetônica de um grupo de arquitetos de formação carioca, que tem o caráter analítico proposto por Jorge Czajkowski em 1985, que formulou, porém não chegou a aprofundar a questão. Questão que, no limite, marca uma distinção da produção de arquitetos de formação carioca das décadas de 1960-70 das produções historiograficamente consolidadas da Escola Carioca de Arquitetura Moderna e também da Escola Paulista Brutalista. A revisão historiográfica aqui proposta sugere a reversão da retórica da decadência, que perpassa essa produção no âmbito da teoria e história da arquitetura, o que se torna possível pela constatação de que, nas décadas de 1960-70, havia uma rede de socialização onde se dava o compartilhamento do conhecimento e a formação de novos repertórios, que eram mobilizados em projetos elaborados em sintonia com as tecnologias correntes e com o debate internacional no mundo da arquitetura daquela contemporaneidade. Nesse sentido, abre-se uma ampla frente de pesquisas que poderá trazer à tona uma arquitetura não suficientemente analisada e que poderia voltar a fazer parte do debate que, como Habermas propôs, conforma um dos aspectos do mundo da vida intersubjetivamente compartilhado no âmbito da teoria e história da arquitetura.
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