Esta pesquisa explora a importância do botequim como um espaço vital para grupos historicamente marginalizados, proporcionando modos de vida alternativos e um sentimento de pertencimento ao bairro, às ruas e à cidade. Também destaca a conexão entre o botequim e a dimensão urbana, uma vez que constitui um lugar de encontro e ocupação em uma cidade cada vez mais segregada. Busca-se ampliar a discussão sobre a literatura que aborda o botequim, sua relação com o território e as formas de sociabilidade, bem como suas implicações para a autonomia do indivíduo e várias formas de opressão, além do impacto das políticas urbanas e culturais. A pesquisa também visa apontar para uma reflexão crítica a respeito da implementação de políticas culturais no Rio de Janeiro, onde a patrimonialização do botequim parece estar sujeita à lógica do neoliberalismo urbano.