Título: | UMA POLÍTICA, VÁRIAS CAMADAS: OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO ENSINO MÉDIO NO BRASIL | ||||||||||||
Autor: |
JOSE MAURICIO AVILLA CARVALHO |
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Colaborador(es): |
ALICIA MARIA CATALANO DE BONAMINO - Orientador GABRIELA SPANGHERO LOTTA - Coorientador |
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Catalogação: | 06/JUN/2023 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=62781&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=62781&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62781 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Como os processos de coordenação nacional de políticas públicas
influenciam a implementação de políticas educacionais que transitam entre os
diferentes níveis de governo do sistema político brasileiro? Com o intuito de
responder essa questão de pesquisa, selecionou-se como objeto de estudo uma
política educacional brasileira recente que suscitou uma série de conflitos durante
sua formulação. Trata-se da Reforma do Ensino Médio (também chamada de Novo
Ensino Médio), que foi formulada e promulgada por Medida Provisória em 2016, e
que vem sendo desenhada e implementada desde então, passando por diferentes
governos entre 2016 e 2022. Neste sentido, o objetivo geral desta pesquisa é
compreender como os processos de coordenação nacional de políticas públicas
influenciaram a implementação da Reforma do Ensino Médio, considerando que a
formulação e a implementação foram realizadas por diferentes níveis de governo.
No sentido de atender ao objetivo geral, a pesquisa se propõe a: descrever os
contextos dos subsistemas de educação, federal e dos estados, anteriores à
implementação do Novo Ensino Médio; analisar o modo como se deu o processo
de implementação do Novo Ensino Médio no país, com foco na compreensão da
coordenação nacional da política; analisar o processo de implementação do Novo
Ensino Médio em dois estados selecionados, no sentido de compreender as
possibilidades de afetações dos contextos anteriores e da coordenação nacional. A
pesquisa é de natureza mista. O uso de dados qualitativos, coletados através de
clipping, pesquisa documental e entrevistas estruturadas é complementado pelo uso
de dados quantitativos, e as dimensões quali-quanti são articuladas com base na
estratégia da análise de conteúdo. O arcabouço teórico mobilizado para o estudo
advém do campo da ciência política e foi construído através da articulação de
referenciais que tratam sobre: sistema político e subsistema de políticas; contextos
de implementação de políticas; atores; e instrumentos de políticas públicas, para a
compreensão da configuração do sistema político e do subsistema de políticas da
educação, principal foco desta Tese. As análises realizadas permitem indicar que a
estrutura federativa brasileira e as diferentes conjunturas que marcaram o sistema
político e o subsistema de políticas da educação do país promoveram uma série de
desafios e dificuldades para uma implementação do Novo Ensino Médio de forma
consolidada por todos os estados. Diferentes contextos ganharam forma no decorrer
do processo de implementação, iniciado em 2017 e que segue em desenvolvimento
até os dias de hoje (2022). A atuação de atores da órbita não-estatal foi essencial
para a condução da coordenação federativa da implementação. No entanto, um
somatório de fatores foram determinando sucessos parciais e regionalizados para o
processo de implementação da política. Tais fatores são: o esmaecimento da
atuação do Ministério da Educação para a condução federativa da política, as crises
e demandas emergenciais propiciadas pela pandemia e as heterogeneidades de
experiências anteriores e de capacidades estatais entre os estados.
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