Título: | MEXILHÕES PERNA PERNA (LINNAEUS, 1758) COMO BIOMONITORES DE CONTAMINAÇÃO POR HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS NO MONUMENTO NATURAL DO ARQUIPÉLAGO DAS ILHAS CAGARRAS (RJ) | ||||||||||||
Autor: |
KAMILA CEZAR GRAMLICH |
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Colaborador(es): |
RENATO DA SILVA CARREIRA - Orientador |
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Catalogação: | 02/MAI/2023 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=62435&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=62435&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62435 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) são compostos orgânicos
de origem petrogênica e pirogênica, ubíquos, persistentes, bioacumuláveis em
tecidos adiposos e comprovadamente carcinogênicos. O Monumento Natural do
Arquipélago das Ilhas Cagarras (MONA) é uma unidade de conservação de
proteção integral localizada a 4,5 km da cidade do Rio de Janeiro, cujas potenciais
fontes de HPA para o local incluem o Emissário Ipanema, a Baía de Guanabara, o
trânsito de grandes e pequenas embarcações, e a deposição atmosférica proveniente
do alto trânsito de veículos e emissões industriais. Considerando que moluscos
bivalves são biomonitores efetivos da exposição aos HPA, em fev/22 (C1) e jul/22
(C2) coletou-se cerca de 240 mexilhões da espécie Perna perna em três ilhas do
MONA para avaliar o aporte de HPA oriundos de atividades antrópicas. Amostras
compostas (3-5 animais) foram extraídas em triplicata utilizando extração acelerada
por solvente (ASE) com purificação na célula, e purificação adicional por
cromatografia em coluna. A fração de HPA foi determinada por cromatógrafo a gás
acoplado a um espectrômetro de massas (GC-MS). As concentrações de (Somatório)39HPA
variaram de 236 a 1378 ng g-1
, com os maiores valores encontrados em C1, níveis
semelhantes aos de estudos anteriores com P. perna na região da Baía de Guanabara
e algumas das ilhas do MONA (68-6271 ng g-1), sendo caracterizado, no entanto,
aumento no aporte ao longo dos últimos 10 anos. O perfil geral dos contaminantes
demonstra uma mistura de fontes pirolíticas e petrogênicas na região do MONA,
sendo fontes prováveis a queima de combustíveis fósseis na região metropolitana e
o aporte crônico de óleo, incluindo vazamentos irregulares, pelo trânsito constante
de embarcações e fundeios próximos ao MONA. As concentrações de
benzo[a]pireno, o (Somatório)4HPA – benz[a]antraceno, benzo[a]pireno, criseno e
benzo[b]fluoranteno – e o Quociente de Equivalência Tóxica de Benz[a]pireno
(TEQ BaPy) ficaram abaixo dos limiares de 5 ng g-1, 30 ng g-1 e 18 ng g-1,
respectivamente, porém mais altos na amostragem realizada no verão, sugerindo
um risco potencial para a qualidade de frutos do mar (moluscos) e da população
humana. O cenário fornecido por um conjunto de dados limitado (apenas duas
amostragens) reforça a necessidade de um programa de biomonitoramento no
MONA Cagarras que inclua HPA e outras classes de contaminantes orgânicos,
como as bifenilas policloradas (PCB) e pesticidas.
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