Título: | O GESTO PARALINGUÍSTICO COMO REFORÇO PRAGMÁTICO NA AQUISIÇÃO DE PRONOMES | ||||||||||||
Autor: |
CAMILA VASCONCELOS SAMPAIO |
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Colaborador(es): |
CILENE APARECIDA NUNES RODRIGUES - Orientador |
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Catalogação: | 24/ABR/2023 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=62354&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=62354&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62354 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Investigações, em diferentes línguas, demonstram que crianças em aquisição apresentam
dificuldades no estabelecimento de correferência com pronomes dêiticos, refletindo
possível atraso na aquisição de princípios da pragmática que regulam referência
pronominal (Chien e Wexler, 1990, 2009; Grolla, 2005). Pesquisas recentes sugerem que
gestos paralinguísticos (ie., gesto co-fala) podem funcionar como reforço pragmático,
realçando aspectos implícitos do significado (Schlenker, 2018). Na presente pesquisa,
investiga-se se, na aquisição do português brasileiro, gestos co-fala aliviam dificuldades
de correferência pronominal, com violação de Principio B. Foram realizados dois estudos
experimentais de julgamento de valor de verdade com crianças em processo de aquisição
(grupo alvo – 10 participantes) e adultos(grupo controle – 10 participantes). Os estímulos
experimentais foram compostos por sentenças coordenadas, apresentadas oralmente, com
pronome (nulo ou pleno) na posição de objeto da segunda oração e dois possíveis
antecedentes: um na posição de sujeito da segunda oração (antecedente local) e outro na
posição de objeto da primeira oração (antecedente não-local). No primeiro experimento,
não houve acoplagem de gesto, tanto pronomes quanto antecedentes foram apresentados
sem acompanhamento de gesto. No segundo experimento, manipulou-se acoplagem de
gesto, os pronomes e possíveis antecedentes foram acompanhados de apontamento
manual para localização-espacial do referente (loci-espacial). Os resultados obtidos
indicam que: (a) em contextos estruturais envolvendo pronome nulo, não há diferença
significativa entre os grupos alvo e controle, ambos rejeitam correfêrencia local – sem
violação do Princípio B; (b) em contextos estruturais envolvendo pronome pleno, há
diferença significativa entre os grupos alvo e controle, com maior aceitação de
correfêrencia local no grupo alvo - violação do Princípio B. No entanto, no segundo
experimento, não houve diferença significativa entre os dois grupos. Concluímos,
portanto, que, durante a aquisição, o gesto co-fala de loci-espacial é computado durante
a construção da correferência pronominal, neutralizando leitura de correferência com
antecedente local.
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