Título: | NÓS NÃO SOMOS OS ERROS DA GUERRA, APENAS SERES HUMANOS: A REPRESENTAÇÃO DAS CRIANÇAS NASCIDAS DE ESTUPRO EM CONTEXTOS DE GUERRA COMO UM PROBLEMA DE SEGURANÇA INTERNACIONAL | ||||||||||||
Autor: |
CAMILLA DE AZEVEDO PEREIRA |
||||||||||||
Colaborador(es): |
PAULA DRUMOND RANGEL CAMPOS - Orientador JANA TABAK - Coorientador |
||||||||||||
Catalogação: | 05/JAN/2023 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
||||||||||
Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
||||||||||||
Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=61696&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=61696&idi=2 |
||||||||||||
DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.61696 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A presente dissertação tem como objetivo discutir a relação entre infância,
estupro e representação das crianças nascidas de estupro em contextos de guerra no
cenário internacional. Mais especificamente, o objetivo central é entender as razões
pelas quais saímos da invisibilização da existência de crianças nascidas de estupro
na política internacional para a sua construção discursiva como um problema de
segurança que merece atenção internacional. Por meio da análise de documentos
das organizações que compõem o Sistema ONU, demonstramos que o reconhecimento
dessas crianças como vítimas que necessitam da atenção internacional é derivado
da evolução do debate do estupro como arma de guerra na política internacional,
sobretudo com os genocídios de Bósnia (1992-1995) e Ruanda (1994).
Desse modo, como o próprio acrônimo sugere, esse grupo tem seu reconhecimento
vinculado ao estupro, e não pelas marginalizações que sofrem enquanto indivíduos
vitimados por um conflito. Além disso, o fato do termo crianças nascidas de estupro
se aplicar a pessoas em qualquer idade faz com que esses indivíduos tenham sua
agência limitada, uma vez que as construções sociais acerca da infância colocam a
criança como vulnerável, dependente e com capacidade reduzida de exprimir suas
demandas. O arcabouço teórico pós-estruturalista adotado nessa pesquisa nos permite
examinar como as representações sociais e culturais desse grupo excluem uma
série de outros indivíduos nascidos de estupro fora de contextos de conflito.
|
|||||||||||||
|