Título: | AS REPRESENTAÇÕES ORIENTALISTAS DA P(P)OLÍTICA E(E)XTERNA ESTADUNIDENSE DURANTE E NO PÓS-CRISES HUMANITÁRIAS: OS CASOS DA SOMÁLIA E RUANDA EM PERSPECTIVA COMPARADA | ||||||||||||
Autor: |
PABLO VICTOR FONTES SANTOS |
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Colaborador(es): |
MARTA REGINA FERNANDEZ Y GARCIA MORENO - Orientador MONICA HERZ - Coorientador |
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Catalogação: | 07/NOV/2022 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=61116&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=61116&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.61116 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A tese oferece uma leitura pós-estrutural e pós-colonial/decolonial sobre a intersecção entre os
atores políticos e midiáticos estadunidenses, especialmente o The New York Times (NYT),
sobre Somália e Ruanda. O argumento principal que discursos calcados na política do
statecraft, disseminados em perspectiva comparada, pelos atores políticos e midiáticos
estadunidenses sobre Somália e Ruanda, durante as décadas de 1990 frente aos anos 2000,
foram caracterizados mais pelas continuidades, do que pelas descontinuidades das narrativas,
tendo em vista as práticas coloniais reiteradas ao longo de décadas sobre os países africanos.
Salienta-se que esta tese visa preencher a lacuna sobre os estudos multidisciplinares entre as
Relações Internacionais e a Comunicação Social, especificamente nas agendas sobre
(P)política E(e)xterna estadunidense, por intermédio da análise discursiva à guisa da
semiótica. Argumenta-se, nesta tese, que as narrativas orientalistas disseminadas pelos atores
políticos e midiáticos estadunidenses sobre Somália e Ruanda no transcorrer do tempo
replicaram hegemônicas representações que diz mais sobre o Ocidente do que propriamente
sobre o Oriente – leia-se Áfricas. Estes discursos foram mobilizados por meio de uma política
comparada que vem posicionando os atores africanos aqui analisados em relações
hierárquicas entre si. Propõe-se chamar a atenção para o modo homogêneo e monolítico pelo
qual as sociedades africanas são abordadas. A tese sugere que as práticas coloniais são
mantidas tendo em vista a reprodução de hierarquias das sociedades africanas em relação ao
Self estadunidense. Veremos como ao longo do tempo a Somália deixa o status de sociedade
faminta e passa ser retratada enquanto país símbolo do terrorismo. Já Ruanda antes vista como
uma sociedade produtora da guerra civil/geno(cídios), torna-se nos anos 2000, o país símbolo
do sucesso e prosperidade no continente africano na medida em que adere à paz híbrida no
pós-geno(cídios). Ao fazer adesão a paz híbrida, Ruanda, à luz do etnocentrismo, permaneceu
vinculada, mediante múltiplas resistências, a uma determinada concepção de modernidade, já
que suas reformas estatais estiveram alinhadas ao melhores modelos de gestão traduzidos na
forma de um trinômio segurança-humanitarismo-desenvolvimento.
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