Título: | FILHOS DE CASAIS LUSO-BRASILEIROS EM PORTUGAL: UM ESTUDO SOBRE TRANSMISSÃO GERACIONAL | ||||||||||||
Autor: |
CARLA MARTINS MENDES |
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Colaborador(es): |
ANDREA SEIXAS MAGALHAES - Orientador |
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Catalogação: | 05/ABR/2022 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=58478&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=58478&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.58478 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A imigração voluntária de brasileiros em Portugal é um fenômeno que tem
vindo a evoluir desde as décadas de 1980 e 1990, constituída por uma
heterogeneidade de projetos e de motivações. A formação de casais biculturais lusobrasileiros faz parte do projeto migratório, originando a formação de famílias atravessadas por uma dupla referência cultural. Os filhos de casais luso-brasileiros em Portugal representam uma população jovem e pouco estudada, tornando-se pertinente compreender a transmissão geracional nesta população. Falar de transmissão geracional é pensar nas heranças psíquicas, conscientes e inconscientes subjacente à experiência temporal dos vínculos familiares. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi estudar elementos da transmissão geracional em filhos de casais luso-brasileiros em Portugal. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo, de natureza qualitativa, com a participação de 12 entrevistados, sete homens e cinco mulheres, entre os 18 e os 31 anos de idade, filhos de casais biculturais lusobrasileiros, cujos pais de origem brasileira migraram voluntariamente para Portugal. Os resultados apontaram para a constituição de um sistema familiar perpassado por estigmas familiares ligados à questão de gênero e de nacionalidade.
A aceitação do casal conjugal pelas famílias de origem portuguesa deu-se em
função do nascimento dos participantes, constatando-se que a história pregressa do casal parental e das famílias de origem pode ser integrada pelos filhos. Os
estereótipos sociais contribuíram para a privatização das relações familiares, em que a transmissão da cultura brasileira ficou restringida à esfera privada. A
transmissão geracional foi protagonizada, sobretudo pela figura da mulher, via
articulação de práticas e de valores, conferindo-lhes um lugar de manutenção dos
vínculos familiares. Concluímos que os vínculos familiares são percebidos como
transmissores de um patrimônio cultural, traduzidos em memórias sensoriais e de
valor afetivo e simbólico, contribuindo para a autonomia identitária e o
pertencimento familiar, privilegiando os aspectos positivados de ambas as culturas.
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