Esta dissertação apresenta reflexões sobre o Ensino Maker (EM) à luz de práticas de Design, como contribuição para lidar com as demandas e complexidades dos processos de ensino-aprendizagem na contemporaneidade. O surgimento de um cenário atípico de isolamento social em 2020, decorrente da pandemia da COVID-19, trouxe um novo contexto para as práticas pedagógicas maker e consequentemente para esta pesquisa, exigindo que essa metodologia ativa fosse analisada sob a perspectiva do ensino remoto. A pesquisa qualitativa envolveu revisão bibliográfica e documental e observação participante. Primeiramente, definições e premissas maker foram levantadas e fundamentadas a partir de autores especializados no tema, como Chris Anderson (2012), Dale Dougherty (2012) e Mark Hatch (2014). Dentre as premissas, o aprendizado prático por meio de projetos possibilitou o estabelecimento de conexões entre EM e Design, acenando com práticas pertinentes para o desenvolvimento de habilidades e competências para o século XXI. Três documentos que discutem os pilares e perspectivas para a educação contemporânea são analisados. A fim de conduzir uma reflexão sobre as repercussões do EM na prática, duas situações de ensino-aprendizagem foram observadas e relatadas: experiências de aulas maker remotas em uma escola particular e observação participante em um projeto de aprendizagem prática para escolas públicas, ambas voltadas para o ensino fundamental. A partir da articulação entre as ideias dos autores estudados e os dados coletados, registrados e interpretados, reflexões são elaboradas e uma proposta de redesign de experiência maker remota é apresentada como contribuição para uma aprendizagem criativa e participativa a distância.