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Estatística
Título: CONCEPÇÕES DE ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO SOBRE APRENDIZAGEM: CULTURA ESCOLAR E VIDEOAULAS
Autor: IVO FERNANDES GOMES
Colaborador(es): SILVANA SOARES DE ARAUJO MESQUITA - Orientador
MAGDA PISCHETOLA - Coorientador
Catalogação: 09/MAR/2022 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57701&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57701&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57701
Resumo:
Esta pesquisa buscou compreender as concepções dos jovens estudantes do Ensino Médio sobre a aprendizagem de conhecimentos escolares relacionando-as às suas experiências com a mídia audiovisual, em particular as videoaulas. Para a realização da investigação foi selecionada uma escola pública de Ensino Médio localizada em Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia. A pesquisa na escola aconteceu no período de março a outubro de 2019 e contou com a participação de 462 estudantes, contemplando os primeiros, segundos e terceiros anos, nos três turnos de funcionamento (matutino, vespertino e noturno) da instituição. Na construção dos dados foi utilizado um questionário com vistas a traçar o perfil dos estudantes em relação a algumas práticas escolares e experiências com videoaulas. Também foram realizados 3 grupos focais, envolvendo 30 estudantes, com o objetivo de colher mais detalhadamente informações sobre o entendimento que possuíam sobre aprendizagem e as estratégias utilizadas para aprender os conhecimentos abordados pela escola. Os dados oriundos dos questionários foram submetidos a uma análise descritiva, passando por tabulação e tratamento estatístico. Os dos grupos focais, audiogravados, foram transcritos e analisados com o auxílio do software Atlas.ti, com base no método de Análise de Conteúdo (AC), e após análise, foram interpretados assumindo uma perspectiva de escola como cultura. Os resultados indicam que não há um consenso no entendimento sobre a aprendizagem entre os estudantes, e, que diversas crenças sobre o ato de conhecer e aprender se mesclam, contemplando às vezes ideias contraditórias, como as inatistas de dom e aptidão paralelas à de aprendizagem pela experiência, por exemplo, envolvendo a compreensão aguçada de mediação, tanto material quanto simbólica, e, a participação do corpo, dos sentidos e das emoções no processo de aprendizagem. Outra constatação foi em relação ao aspecto social que enxergam na aprendizagem, o que faz com que atribuam valor e significado à escola, e, às relações humanas que se estabelecem nesse contexto. Foi possível inferir que a ideia de aprendizagem, ainda em construção pelos jovens pesquisados é influenciada pelo modus operandi da escola, que tem o ensino centrado na memorização, e, provas e notas sem vínculo com aprendizagem, fazendo com que muitos estudantes interpretem memorização como aprendizagem. Número expressivo de estudantes afirma manter experiências com as videoaulas como estratégias de estudo. Entretanto, ficou evidente que estas, em sua maioria, reproduzem o padrão das aulas tradicionais. Mas, isso não permite afirmar sobre o nível de influência nas concepções de aprendizagem dos estudantes. Pois, como estratégia para atender à lógica da avaliação classificatória, findam por consolidar ideias de aprendizagem pré-formadas pela escola. A pesquisa, não propõe responder às variadas questões que emergiram dos diálogos com os estudantes, mas, ao revelá-las, conclui que há uma necessidade urgente de se organizar tempos e espaços para se discutir junto aos jovens integrantes do Ensino Médio questões relativas às suas concepções de conhecimento e aprendizagem, considerando estes atores como sujeitos autônomos, corresponsáveis pelas suas próprias aprendizagens e desempenho escolar.
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