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Título: TRAJETÓRIAS FORMATIVAS E IDENTIDADE DOCENTE DE MULHERES NEGRAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DO IFRJ - DUQUE DE CAXIAS
Autor: STEPHANY PETRONILHO HEIDELMANN
Colaborador(es): VERA MARIA FERRAO CANDAU - Orientador
Catalogação: 22/FEV/2022 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57476&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57476&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57476
Resumo:
Considerando a complexidade da trajetória formativa docente e as possibilidades que esta traz na construção das subjetividades e da identidade dos professores, o presente trabalho buscou analisar de que forma gênero, raça e classe se articulam para construir as inserções, vivências e identidades das mulheres negras num curso de formação de professores de Química. Utiliza-se Pierre Bourdieu como autor de referência, entendendo o campo acadêmico como um espaço relacional constituído por agentes com diferentes volumes e tipos de capitais e que mobilizam dispositivos para se inserir e permanecer nele. Assim, ao longo do estudo, os conceitos de Bourdieu são articulados com outros estudos da área e alguns autores negros, como, por exemplo, Carla Akotirene, Grada Kilomba, Silvio Almeida, bell hooks e Lélia Gonzales. Esta tese discorre sobre a forma como se deu o acesso das mulheres negras do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal do Rio de Janeiro – campus Duque de Caxias (IFRJ-CDUC) e as esferas de influência para tal. Além disso, o texto analisa como elas se percebem e vivenciam o Ensino Superior e a cultura institucional, os comportamentos construídos nas relações com os demais agentes do campo acadêmico, os dispositivos mobilizados para a permanência e êxito no curso e de que forma a instituição vem contribuindo para o rompimento ou não com a reprodução da ordem social. Tem-se como grupo de referência deste estudo alunas cursando o sexto, sétimo e oitavo períodos em 2020.1 e egressas, que se auto identificam como pretas ou pardas e neste trabalho são agrupadas na categoria de negras. Optando por uma análise qualitativa, utilizou-se inicialmente questionários semiestruturados online para mapeamento das alunas e egressas. A partir dos dados obtidos, foi possível definir o perfil do público-alvo deste estudo e realizar entrevistas semiestruturadas individuais online com cinco licenciandas e dez formadas que se propuseram em participar da pesquisa. A partir dos resultados, tornou-se possível identificar o racismo estrutural no que tange a construção da escolha do curso pelas participantes, muito pautada por aquilo que é mais realizável considerando sua origem social. Ao mesmo tempo, evidencia-se a influência familiar em termos de capital cultural herdado e investimentos feitos para a permanência das alunas. No desenvolvimento do estudo, temáticas como colorismo e representatividade negra são discutidos, de forma articulada com os relatos trazidos pelas participantes das entrevistas e o impacto deles na construção das percepções que têm de si. Observa-se também a construção de violências simbólicas no campo acadêmico, tanto pela diferença entre o capital cultural valorizado pela instituição e o de origem das mulheres negras, quanto por manifestações racistas entre os agentes do campo, desvalorização da discussão acerca da temática racial no currículo do curso e dificuldades de inserção profissional das mulheres após o fim da graduação. Por fim, em termos de permanência, a pesquisa aponta que as relações afetivas construídas no campo e as políticas de permanência e projetos do IFRJ-CDUC vem sendo um diferencial para o êxito das mulheres negras no curso.
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