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Título: TRABALHO, EDUCAÇÃO, MÚSICA E ARTE: O ENSINO DE MÚSICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DA GUANABARA (1960 A 1975)
Autor: VANESSA WEBER DE CASTRO
Colaborador(es): PATRICIA COELHO DA COSTA - Orientador
Catalogação: 10/FEV/2022 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
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Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57376&idi=1
[en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=57376&idi=2
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.57376
Resumo:
Trabalho, Educação, Música e Arte: o ensino de música nas escolas públicas do Estado da Guanabara (1960 a 1975) investigou as práticas musicais realizadas nas escolas públicas de grau médio do Estado da Guanabara, buscando entender as resistências imbricadas no processo reformatório da educação nacional e estadual, bem como as representações de música e de ensino implícitas nos discursos oficiais e não-oficiais. Trabalho, Educação, Música e Arte correspondiam aos princípios norteadores do Serviço de Educação Musical da Guanabara e como tal compunham a sigla TEMA, nome dado também à revista publicada entre 1969 e 1974 que expunha atividades musicais realizadas nas instituições de ensino do Estado e publicava textos formativos para os professores. Tais princípios congregavam aspectos das discussões reformistas de grupos relacionados ao governo da época, especialmente a preponderância do trabalho no desenvolvimento de um projeto de educação, que marcou especialmente a Lei nº 5.692/71. Nos anos 1930 a 1950, o Rio de Janeiro foi o epicentro do canto orfeônico, projeto de educação musical dirigido por Heitor Villa-Lobos. Nesse período, o canto orfeônico foi disciplina obrigatória nas escolas, mas com as reformas educacionais propostas pela LDBEN nº 4.024/61 e posteriormente pela Lei nº 5.692/71, o status do ensino de música mudou, transformando-se inicialmente em prática educativa opcional e depois em conteúdo da disciplina educação artística. O recorte temporal da pesquisa abrange um período de implantação de uma Ditadura Militar, fato que marcou profundamente a sociedade brasileira em todas as suas esferas, inclusive a educacional e a cultural. A delimitação entre 1960 e 1975 ocorre em função da existência do Estado Guanabara. A pesquisa realizada foi de natureza bibliográfica e documental, com a catalogação de fontes na Biblioteca Nacional, no Centro de Memória da Educação Básica do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, no Arquivo do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e outros. O referencial teórico-metodológico se apoia em três pilares: a história das disciplinas escolares e da cultura escolar (Chervel, 1990; Julia, 2001; Viñao Frago, 2002; 2008; Goodson, 1997); o processo de apropriação das legislações, com todas as estratégias e táticas percebidas nos documentos e relatos à luz da teoria do cotidiano (Certeau, 2009); e o impacto das reformas educacionais propostas pelo poder público na sociedade e na escola (Tyack; Cuban, 1995). Por meio do referencial da história oral, obtiveram-se dados a partir do depoimento de dois professores que viveram o período em questão. Os resultados demonstram que houve resistência por parte do corpo docente de canto orfeônico às reformas empreendidas pelo governo. Apesar dessas mudanças de ordem legislativa, a música continuou sendo realizada nas escolas públicas do Estado da Guanabara, tanto com práticas reminiscentes do canto orfeônico quanto com novas metodologias pautadas nos movimentos pró-criatividade (Fuks, 1991), tendências conflitantes que marcaram o ensino de música nos anos 1960. Espera-se, com esta tese, contribuir com a área da história da educação e especialmente da história da educação musical, iluminando aspectos que auxiliem as reflexões sobre sua atual inserção no cenário educacional brasileiro.
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