Título: | DE NUREMBERG A SAN JOSÉ: OS CRIMES CONTRA A HUMANIDADE E A RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO ESTADO BRASILEIRO NO SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS | ||||||||||||
Autor: |
AMANDA CATALDO DE S T DOS SANTOS |
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Colaborador(es): |
JOSE MARIA GOMEZ - Orientador CAROLINA DE CAMPOS MELO - Coorientador |
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Catalogação: | 03/JAN/2022 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TESE | ||||||||||
Notas: |
[pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio. [en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio. |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=56879&idi=1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=56879&idi=2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.56879 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
A tese objetiva examinar a responsabilidade internacional do Estado brasileiro
pelos crimes perpetrados por agentes estatais, no contexto do regime militar
(1964-1985), a partir da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos
(Corte IDH). A análise considerará os precedentes normativos e jurisdicionais
que embasaram as condenações do Estado brasileiro nos casos Julia Gomes Lund e
outros vs. Brasil (2010) e Vladimir Herzog e outros vs. Brasil (2018). Em um primeiro
momento, vislumbra-se apresentar o cenário de emergência das normativas
internacionais relacionadas à responsabilidade penal dos indivíduos e à responsabilidade
dos Estados. Uma vez apresentado o panorama normativo global, será elencado
o case law da Corte IDH referente às graves violações de direitos humanos
perpetradas, de modo sistemático e massivo, por meio dos aparatos burocráticos de
poder estatais. Conforme será aventado, apenas em casos específicos, a Corte IDH
utiliza conceitos atinentes ao direito penal internacional como base interpretativa
das obrigações consubstanciadas na Convenção Americana de Direitos Humanos,
construindo um verdadeiro diálogo entre esse ramo do direito e a normativa dos
direitos humanos. Finalmente, a pesquisa se concentrará nos supracitados julgados,
separados por quase uma década, mas que possuem em comum o contexto no qual
os fatos dos casos ocorreram. Destacadamente, o caso Herzog traz em seu bojo a
qualificação dos crimes contra a humanidade – um passo significativo, em relação
ao caso Gomes Lund, para ativistas e operadores do direito no âmbito doméstico.
Sob esse viés, o presente trabalho pretende investigar em que medida o enquadramento
dos crimes contra a humanidade possui o condão de fortalecer as iniciativas
em prol da responsabilidade criminal dos agentes do regime ditatorial e de ensejar
a contestação de estruturas e práticas repressivas ainda vigentes.A tese objetiva examinar a responsabilidade internacional do Estado brasileiro
pelos crimes perpetrados por agentes estatais, no contexto do regime militar
(1964-1985), a partir da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos
(Corte IDH). A análise considerará os precedentes normativos e jurisdicionais
que embasaram as condenações do Estado brasileiro nos casos Julia Gomes Lund e
outros vs. Brasil (2010) e Vladimir Herzog e outros vs. Brasil (2018). Em um primeiro
momento, vislumbra-se apresentar o cenário de emergência das normativas
internacionais relacionadas à responsabilidade penal dos indivíduos e à responsabilidade
dos Estados. Uma vez apresentado o panorama normativo global, será elencado
o case law da Corte IDH referente às graves violações de direitos humanos
perpetradas, de modo sistemático e massivo, por meio dos aparatos burocráticos de
poder estatais. Conforme será aventado, apenas em casos específicos, a Corte IDH
utiliza conceitos atinentes ao direito penal internacional como base interpretativa
das obrigações consubstanciadas na Convenção Americana de Direitos Humanos,
construindo um verdadeiro diálogo entre esse ramo do direito e a normativa dos
direitos humanos. Finalmente, a pesquisa se concentrará nos supracitados julgados,
separados por quase uma década, mas que possuem em comum o contexto no qual
os fatos dos casos ocorreram. Destacadamente, o caso Herzog traz em seu bojo a
qualificação dos crimes contra a humanidade – um passo significativo, em relação
ao caso Gomes Lund, para ativistas e operadores do direito no âmbito doméstico.
Sob esse viés, o presente trabalho pretende investigar em que medida o enquadramento
dos crimes contra a humanidade possui o condão de fortalecer as iniciativas
em prol da responsabilidade criminal dos agentes do regime ditatorial e de ensejar
a contestação de estruturas e práticas repressivas ainda vigentes.
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