A partir de uma reflexão acerca da produção da cidade e sua relação com o Internacional moderno, a presente pesquisa busca propor uma discussão da cidade como um outro tipo de arranjo do global, o que se torna muito evidente em um contexto de recepção de megaeventos internacionais – como Olímpiadas e Copa do Mundo – que intensificam fluxos, influenciam na arquitetura e acabam por produzir o espaço urbano da pretendida cidade global por meio de práticas e estratégias que tem como central a valorização do capital. Parte-se aqui da investigação da reinvenção do espaço político no contexto do neoliberalismo, compreendendo os megaeventos como uma estratégia de produção da cidade global para se pensar como isso se materializa nas lutas locais e o entrelaçamento dessas relações nos corpos das pessoas e também no espaço material da cidade. Dessa forma, pensar se- á, de forma transversal, o processo de regeneração urbana no Rio de Janeiro no contexto em que a cidade hospedou diversos megaeventos como o Pan Americano, Copa do Mundo e Olímpiadas que compreende de 2007 a 2016.